Em um ano, os gastos dos estados com servidores públicos aumentou 8%. De acordo com cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os gastos são dez vez maiores que as despesas com trabalhadores que ainda estão na ativa.
Conforme o estudo do Ipea, os gastos com servidores inativos, nos estados cresceu 8%, entre setembro de 2017 e agosto de 2018, enquanto os servidores ativos tiveram um aumento de apenas 0,8%
De acordo com a análise das finanças públicas realizadas pelo Ipea, nos primeiros oito meses deste ano os governos estaduais apontaram desequilíbrio fiscal e financeiro.
Além disso, o levantamento mostra que, de 2014 a 2017, houve uma redução de 1,6% de servidores ativos nos estados, mas os inativos cresceram 5,6%. O número de servidores (estatutários) ativos foi reduzido em 20 estados do país. Porém, o número de inativos cresceu em todos os 24 estados.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, os governos dos estados tiveram juntos um gasto de R$ 225,71 bilhões com pessoal e encargos sociais. Desta forma, houve um aumento de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior (com inflação descontada).
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Receitas
No primeiro semestre de 2018, os estados indicaram uma alta de 2,7% de aumento nas receitas primárias. A alta da arrecadação aconteceu pela elevação de impostos como:
- ICMS;
- IPVA;
- ITBI.
Embora não suficientes, os impostos foram importantes para a recuperação gradual das contas públicas.
De acordo com o Ipea, os gastos dos estados com servidores inativos consumiu grande parte do arrecadado, totalizando R$ 11,5 bilhões até agosto de 2018.
Por conta disso, os estados não conseguiram recursos para investimentos. Esses últimos representaram apenas 11,5% de toda a despesa primária entre 2017 e 2018.
Ainda conforme o relatório, mesmo sendo comum aumentar os investimentos em períodos eleitorais, neste ano, os gastos ficaram em R$ 16,7 bilhões no 4º bimestre. O menor valor analisado pelo Ipea seja em anos eleitorais que em anos não eleitorais.