A inflação oficial brasileira subiu 0,32% no mês de janeiro, pressionada por preços dos alimentos. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do primeiro mês do ano foi muito superior ao 0,15% registrado em dezembro. No acumulado de 12 meses o IPCA registrou um aumento de 3,78%. Segundo o IBGE, esse foi um resultado levemente superior aos 3,75% registrados nos 12 meses anteriores.
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Seja mensalmente que no acumulado do ano, a inflação em janeiro foi a maior desde 2017. Naquele ano o aumento dos preços foi de 0,38% em janeiro e de 5,35% no acumulado de 12 meses.
O IPCA terminou o ano passado com uma alta de 3,75%. Um resultado que ficou abaixo do centro da meta de inflação de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para 2019 será menor do que o ano passado, sendo fixada em 4,25%.
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Alimentação e bebidas os “vilões” da inflação
O grupo de alimentação e bebidas foi o maior responsável do aumento da inflação no mês passado. mas também foram registradas altas expressivas no grupo despesas pessoais e artigos de residência.
IPCA por capitais
Na análise por capital, o maior aumento do IPCA foi registrado em Belo Horizonte (0,70%) e no Rio de Janeiro (0,49%). Por outro lado, os municípios de Rio Branco (-0,09%) e Goiânia (-0,17%) registraram deflação em janeiro. Veja o IPCA de janeiro por capital:
- Belo Horizonte: 0,7%
- Rio de Janeiro: 0,49%
- Salvador: 0,37%
- São Paulo: 0,37%
- Belém: 0,3%
- Aracaju: 0,29%
- Vitória: 0,28%
- Recife: 0,27%
- Campo Grande: 0,2%
- Fortaleza: 0,16%
- São Luís: 0,09%
- Porto Alegre: 0,08%
- Brasília: 0,05%
- Curitiba: 0,02
- Rio Branco: -0,09%
- Goiânia: -0,17%
Segundo o IPCA, o aumento da inflação em cada grupo pesquisado foi de:
- Alimentação e Bebidas: 0,90% (0,22 ponto percentual)
- Despesas Pessoais: 0,61% (0,07 p.p.)
- Artigos de Residência: 0,32% (0,01 p.p.)
- Saúde e Cuidados Pessoais: 0,26% (0,03 p.p.)
- Habitação: 0,24% (0,04 p.p.)
- Educação: 0,12% (0,01 p.p.)
- Comunicação: 0,04% (0 p.p.)
- Transportes: 0,02% (0,01 p.p.)
- Vestuário: -1,15% (-0,07)
Entre os “vilões” da inflação nesse mês está o feijão carioca, que registrou a maior alta em janeiro: 19,76%. Mas também as frutas registraram um aumento da inflação de 5,45%. Entretanto, se o feijão tem um impacto de 0,03 ponto percentual no IPCA, as frutas tiveram um peso de 0,06 ponto.
Previsão de alta da inflação em 2019
Os analistas entrevistados pelo Banco Central no Boletim Focus preveem uma alta da inflação em 2019. Segundo eles, o IPCA deste ano deveria chegar a 4,01%. Um puco a baixo da meta fixada pelo BC este ano, que é de 4,25%. Na base do intervalo de tolerância, a meta será cumprida se o IPCA ficar entre 2,75% a 5,75%.