IPCA: Sete dos nove grupos tiveram altas em julho
Sete dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram altas de preços em julho, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IPCA de julho, houve deflação em Alimentação e Bebidas (queda de 1,00% e impacto de -0,22 ponto porcentual) e Vestuário (-0,02% e impacto de 0,00 pp).
No caso de alimentos e bebidas, o grupo deu uma contribuição negativa de 0,22 ponto porcentual para o índice de inflação. Em junho, quando a alta do IPCA havia sido de 0,21%, o conjunto de preços havia gerado contribuição positiva de 0,10 ponto porcentual na inflação.
Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 1,51% em julho, após ter avançado 0,47% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,39%, ante alta de 0,37% em junho.
No caso dos grupos que registraram aumentos, foram Transportes (1,82%, impacto de 0,37 pp), Saúde e cuidados pessoais (0,22%, impacto de 0,03 pp), Habitação (0,77% e impacto de 0,12 pp), Despesas Pessoais (0,52%, impacto de 0,05 pp), Educação (0,08%, impacto de 0,00 pp), Comunicação (0,18%, impacto de 0,01 pp) e Artigos de Residência (0,48% e impacto de 0,02 ponto porcentual).
Todas as 16 regiões investigadas pelo IBGE registraram altas de preços em julho.
Os resultados mais baixos foram verificados em Aracaju e Salvador, ambos com taxa de 0,18%, enquanto o mais elevado ocorreu em Rio Branco e São Luís, com aumentos de 0,53%.
IPCA acelera para 0,38% em julho e tem alta de 4,50% em 12 meses
O índice registrou avanço de 0,38% em julho, ante alta de 0,21% em junho e levemente acima do consenso de 0,35%.
Dessa forma, o IPCA acumulado em 12 meses chega a 4,50%, tocando o teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No acumulado do ano, o avanço é de 2,87%.
O maior impacto no IPCA de julho veio do grupo de transportes, que teve alta de 1,82% e peso de 0,37 ponto percentual no índice geral.
Dentro do segmento, a gasolina foi o item de maior influência, com alta de 3,15% e impacto de 0,16 ponto percentual. Já as passagens aéreas subiram 19,39% em julho, impactando em 0,11 ponto percentual o IPCA cheio.
Com Estadão Conteúdo