IPCA sobe 0,71% em março, abaixo do esperado; alta da gasolina puxa resultado

O principal indicador de inflação do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, subiu 0,71% em março, abaixo das projeções do consenso de mercado, que miravam 0,78%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Com isso, o IPCA anualizado fica em 4,65%, levemente abaixo das projeções de 4,70%.

A maior variação do índice foi no grupo de transportes, que subiu 2,11%. O segmento de Saúde e Cuidados Pessoais, por sua vez, foi a segunda maior variação, com 0,82% de avanço no mês.

O segmento de Artigos de Residência foi o único a apresentar retração dentro do IPCA, com 0,27% de queda.

Os transportes, da mesma forma, apresentaram o maior impacto no IPCA de março.

A gasolina (8,33%), foi o subitem com maior impacto individual no índice de março (0,39 ponto percentual, p.p.), teve grande peso na alta verificada em Transportes. O etanol (3,20%) também subiu.

“Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida.

No caso dos artigos de residência, os subitens chegaram a cair mais de 2%, como é o caso dos aparelhos televisores, que recuaram 2,15%.

Almeida explica que as promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado essa queda nos preços no índice de inflação.

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Mercado espera IPCA de quase 6% em 2023

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (10) mostra a segunda alta consecutiva nas projeções de inflação para o ano de 2023.

Agora, as estimativas do IPCA para este ano são de 5,98%, conforme as novas projeções do Boletim Focus. Anteriormente o mercado financeiro estimava 5,96%.

  • IPCA: a projeção aumentou para 5,98%
  • PIB: a projeção aumentou para 0,91%
  • Dólar: a previsão do câmbio segue em R$ 5,25
  • Taxa Selic: a previsão segue em 12,75%
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit segue em US$ 55 bilhões
  • Investimento Estrangeiro Direto: a previsão segue em US$ 80 bilhões
  • Dívida do Setor Público: a previsão subiu para 61,15% PIB

A expectativa para o IPCA em 2024, da mesma forma, foi elevada. Agora o mercado espera 4,14% de inflação, ante 4,13% na edição do Focus da semana anterior.

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Eduardo Vargas

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