IPCA desacelera para 0,31% em abril e acumula alta de 6,76% em 12 meses

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de abril foi de 0,31%, depois de ter avançado 0,93% em março. No ano, o índice acumula alta de 2,37% e nos últimos 12 meses o IPCA acumula alta de 6,76%.

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Portanto, o índice apresentou uma desaceleração, visto que, em fevereiro havia registrado alta de 0,86%, no mês seguinte 0,93%% e em abril 0,31%. No mesmo período no ano passado, a taxa foi de -0,31%. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A principal influência do índice foi o aumento dos preços dos produtos farmacêuticos. “No dia 1º de abril, foi concedido o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. Normalmente esse reajuste é dado no mês de abril, então já era esperado”, disse o gerente da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov.

Confira o desempenho do IPCA em grupos de produtos

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em abril. O maior impacto veio do grupo Saúde e cuidados pessoais que havia recuado em março.

Confira as variações dos grupos de março a abril:

  • Alimentação e Bebidas (0,13% para 0,40%);
  • Habitação (0,81% para 0,22%);
  • Artigos de Residência (0,69% para 0,57%);
  • Vestuário (0,29 para 0,47%);
  • Transportes (3,81% para -0,08%);
  • Saúde e Cuidados Pessoais (-0,02% para 1,19%);
  • Despesas Pessoais (0,04% para 0,01%);
  • Educação (-0,52% para 0,04%);
  • Comunicação (-0,07% para 0,08%)

A maior variação nos produtos farmacêuticos veio dos remédios anti-infecciosos, antibióticos, produtos de higiene pessoal, artigos de maquiagem e produtos para cabelo.

Outro destaque no índice de abril foi o grupo dos transportes, que variou -0,08%, influenciado, principalmente, pela queda nos preços dos combustíveis. Após 10 meses consecutivos de alta, a gasolina recuou 0,44% em abril. Mas a queda mais intensa no grupo veio do etanol (-4,93%).

“Houve uma sequência de reajustes entre fevereiro e março na gasolina. Mas no fim de março houve duas reduções no preço desse produto nas refinarias. Isso acaba chegando ao consumidor final”, afirma o pesquisador.

Para o cálculo do IPCA, foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 29 de abril de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 2 a 29 de março (base).

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Poliana Santos

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