O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (12) a primeira edição da pesquisa Firmus, que visa captar a percepção de empresas não-financeiras sobre o cenário econômico. Os dados mostram que as empresas esperam um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4% em 2024.
Para 2025, a expectativa das empresas para o IPCA é de iguais 4%. Já para 2026, a expectativa fica em 3,70%.
Com isso, as projeções do IPCA ficam acima das expectativas que constam no Boletim Focus.
“A mediana das expectativas de inflação informadas pelas empresas na Firmus foi consistentemente maior do que a mediana correspondente da pesquisa Focus”, destacou o Banco Central em seu relatório.
Os dados apresentados nesta segunda-feira foram coletados entre 13 e 31 de maio. Durante esse período, as previsões de IPCA no relatório Focus eram de 3,89% para 2024, 3,77% para 2025 e 3,60% para 2026.
Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana da Firmus aponta para uma expansão de 2% em 2023, ligeiramente abaixo da projeção de 2,01% da Focus.
A pesquisa Firmus contou com a participação de 92 empresas não-financeiras, que forneceram suas expectativas para o desempenho econômico e a inflação.
O Banco Central também observou que os desvios-padrão das expectativas na Firmus foram maiores em comparação à pesquisa Focus.
Expectativas do Focus para o IPCA
A estimativa intermediária para o IPCA de 2024 subiu de 4,12% para 4,20%, em alta pela quarta semana consecutiva e distante apenas 0,3 ponto porcentual do teto da meta este ano, de 4,5%.
Considerando as 68 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, avançou de 4,19% para 4,22%.
Um mês antes, a projeção para este ano era de 4%. Parte do mercado ainda pode estar incorporando às suas estimativas de inflação de 2024 o aumento dos impostos sobre cigarros.
Já a projeção para 2025 caiu de 3,98% na semana passada para 3,97% na edição divulgada nesta segunda-feira, 12, pelo Banco Central, contra 3,90% um mês antes.
É a primeira baixa desde o relatório divulgado em 25 de março deste ano, quando a estimativa intermediária para o IPCA havia caído de 3,52% para 3,51%.