A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação de 0,07% em março. Trata-se de uma desaceleração frente ao mês anterior e o menor resultado para o período desde o início do Plano Real (1994).
O índice ficou 0,18 ponto porcentual abaixo da taxa de fevereiro, quando havia registrado 0,25%. Em comparação com o mesmo período no ano passado, a inflação havia sido de 0,75%. O IPCA acumula no ano alta de 0,53% e, nos últimos 12 meses, de 3,30%.
A inflação inclui nove grupos que influenciam diretamente no índice. Com comparação entre fevereiro e março os resultados foram os seguintes:
- Alimentação e Bebidas (variação de 0,11% para 1,13%)
- Habitação (-0,39% para 1,3%)
- Artigos de Residência (-0,00% para -1,08%)
- Vestuário (-0,73% para 0,21%)
- Transportes (-0,23% para -0,90%)
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,73% para 0,21%)
- Despesas Pessoais (0,31% para -0,23%)
- Educação (3,70% para 0,59%)
- Comunicação (0,21% para 0,04%)
IPCA
O grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação e o maior impacto, 0,22 ponto percentual no mês de março. Os destaques foram:
- ovo de galinha (4,67%)
- batata inglesa (8,16%)
- tomate (15,74%)
- carnes (-0,30%)
No grupo Educação, o maior impacto veio mais uma vez dos cursos regulares (0,74%), refletindo os reajustes normalmente praticados no início do ano letivo e incorporados no índice nos meses de fevereiro e março. Os cursos diversos, por sua vez, registraram queda (-0,27%), após a alta de 2,67% observada no mês anterior.
Após a queda de 0,39% em fevereiro, o grupo Habitação apresentou alta de 0,13% em março, influenciado por:
- gás de botijão (0,60%)
- energia elétrica (0,12%)
A maior contribuição negativa no IPCA de março veio do grupo dos Transportes. Os destaques foram:
- passagens aéreas (-16,75%)
- todos os combustíveis (-1,88%)
Inflação por Região
O menor resultado foi registado em Goiânia. Por sua vez, o maior índice ficou com a região metropolitana de Campo Grande. Com a comparação de fevereiro e março os resultados foram os seguintes:
- Belém: (de 0,21% para-0,16%)
- Goiânia: (de 0,18% para -0,74%)
- Salvador: ( de 0,16% para 0,17%)
- Brasília: (de 0,35% para -0,22%)
- Rio de Janeiro: (de -0,02% para 0,46%)
- Belo Horizonte: (de 0,50% para 0,05%)
- São Paulo: (de 0,23% para 0,09%)
- Porto Alegre: (de 0,16% para -0,32%)
- Curitiba: (de 0,08% para 0,13%)
- Fortaleza: (de 0,80% para 0,21%)
Para o cálculo do IPCA do mês, foram comparados os preços coletados no período de 3 a 30 de março de 2020 com os preços vigentes no período de 29 de janeiro a 2 de março de 2020. Em virtude da pandemia do COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas em sites de internet, por telefone ou e-mail.