O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, apresentou queda de 0,02% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (10). Quais são os reflexos disso para os seus investimentos? Entenda a seguir, com o Decodificador de Investimentos da Status Invest Assessoria.
O IPCA de agosto representou a primeira deflação em 14 meses no Brasil. O resultado foi impulsionado principalmente pelos preços da conta de energia, que recuaram 2,77% no mês passado. A queda dos preços ocorreu em meio à mudança da bandeira tarifária, que passou de amarela, em julho, para verde, em agosto.
Além disso, os preços de alimentos e bebidas caíram pelo segundo mês seguido e contribuíram para o cenário de deflação. A variação negativa do grupo foi de 0,44%, após uma baixa de 1% em julho.
Por outro lado, os combustíveis ficaram 0,61% mais caros em agosto, impulsionados pelo forte avanço de 4,1% nos preços do gás veicular. Já a gasolina avançou 0,67% e o óleo diesel subiu 0,37% no período.
Decodificador de Investimentos
Você deve estar se perguntando de que forma isso impacta os investimentos. Confira a seguir a explicação de Dulany Alexandre, assessor na Status Invest Assessoria de Investimentos.
Além dos impactos diretos, sentidos no bolso dos consumidores no dia a dia, a inflação é um importante indicador para a economia e para o mercado financeiro.
Apesar de parecer positivo para o consumo um cenário de deflação persistente — o que não é comum na economia brasileira — esse quadro pode representar um sinal de enfraquecimento econômico.
Afinal, uma das principais causas da deflação é o aumento da oferta de produtos e serviços em contraponto à redução da demanda, o que afeta tanto o consumo quanto a produção. Isso pode aumentar o desemprego e até mesmo impactar os resultados das companhias.
Quer entender sobre todas as tendências que podem impactar a sua carteira? Então clique aqui para entrar em contato com os profissionais da Status Invest Assessoria de Investimentos.
Já ao olhar para os investimentos, os títulos de renda fixa atrelados ao IPCA podem ser diretamente impactados por um cenário de deflação, com uma redução no rendimento final desses ativos.
Por outro lado, quando olhamos para as ações, as companhias do setor de varejo e consumo, além de construção civil, costumam ser as mais sensíveis às variações inflacionárias. Isso porque esses ativos são mais impactados pelos ciclos econômicos e pelo poder de compra da população.
Vale ressaltar, no entanto, que a deflação registrada no Brasil no mês passado não deve ser uma tendência. Os preços em agosto foram excepcionalmente puxados para baixo pela conta de energia, cuja bandeira tarifária já foi alterada para vermelho em setembro, o que prevê o aumento dos preços deste grupo.
Além disso, o relatório Boletim Focus do Banco Central revisou novamente para cima a estimativa para o IPCA em 2024. A projeção agora aponta para 4,30% no fim deste ano, ante 4,26% na semana anterior.
Dessa forma, os investidores devem seguir acompanhando de perto os novos indicadores de inflação, em meio às expectativas de um cenário inflacionário em alta no Brasil.
Entenda como investir nesse cenário
Quer investir em ações e se proteger do avanço da inflação, mas não sabe como?
Então, o que você acha de ter dicas personalizadas para entender os movimentos do mercado e impulsionar seus investimentos?
Aqui, na Status Assessoria de Investimentos, nossa missão é montar uma carteira que te ajude a ir em busca de todos os seus sonhos e objetivos financeiros.
Gostou da ideia? Então clique aqui para falar conosco e vamos juntos impulsionar seus investimentos, independentemente do resultado do IPCA.