IPCA avança 0,86% em fevereiro, maior alta desde 2016 para o mês
A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro foi de 0,86% na base mensal, maior avanço para o mês desde 2016, quando foi registrado uma alta de 0,90%. A divulgação, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), supera as expectativas, que previa uma alta de 0,76%, do mercado e mostra, mais uma vez, a inflação avançando.
Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,20%, acima dos 4,56% constatados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2020, a alta havia sido de 0,25%. Apenas nos dois primeiros meses de 2021, o IPCA avança 1,11%: a meta do Governo Federal para o ano é de um avanço de 3,75%.
A maior alta dos preços em fevereiro medidos pelo IPCA foi a do grupo dos transportes, com avanço de 2,28%. Os preços dos combustíveis, com a gasolina, por exemplo, 7,09% mais cara, e o diesel, 5,40%, explicam os maiores gastos.
Em segundo lugar, o preço gasto com educação saltou 2,48%, com os reajustes aplicados no início do ano letivo. Juntos, primeiro e segundo lugar correspondem a cerca de 70% da alta.
Os gastos com saúde e cuidados pessoais e com alimentos avançaram, respectivamente, 0,62% e 0,27%. Neste último, apesar da alta, houve desaceleração na comparação com janeiro, quando os gastos com comida medidos pelo IPCA subiram 1,02%.
O preço da carne, entretanto, volta a ser destaque em fevereiro, subindo 1,72%. A desaceleração foi motivada por menores preços como a da batata-inglesa, recuando 14,70%, do tomate, 8,55% e do leite longa vida, 3,30%.
Os gastos com habitação avançaram 0,40%, após recuarem 1,07% no primeiro mês do ano. As taxas de água e esgoto subiram 1,02%, e a queda de 0,71% no preço da energia elétrica não conseguiu frear o avanço.
INPC, assim como IPCA, avança acima da projeção
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, assim como o IPCA, avançou em fevereiro, com alta de 0,82%, também no maior resultado para o mês desde 2016.
Os produtos alimentícios, assim como no IPCA, desaceleraram na comparação com janeiro, avançando 0,17% no mês,, quando foi registrado alta de 1,01%. Os não alimentícios, entretanto, aceleram e ficaram 1,03% mais caros, ao contrário do pequeno avanço de 0,03% no primeiro mês do ano.