O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,67% em junho ante maio, influenciado principalmente pela alta de preço dos alimentos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em maio, o crescimento do IPCA foi de 0,47%. O IPCA de junho ficou um pouco abaixo da expectativa do mercado, que era de uma alta mensal de 0,7% e anual de 11,9%.
No acumulado do ano, a inflação é de 5,49%. Em 12 meses, o IPCA sobe de 11,89%.
O IPCA foi impulsionado principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas – que tem peso de 21,26% no índice de inflação – avançou 0,80%.
Período | Taxa |
Junho de 2022 | 0,67% |
Maio de 2022 | 0,47% |
Junho de 2021 | 0,53% |
Junho de 2021 | 5,49% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 11,89% |
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em junho.
A maior variação foi do grupo Vestuário, com alta de 1,67%. Depois vieram o setor de alimentos, Saúde e cuidados pessoais (1,24%) e Transportes (0,57%).
O grupo Habitação, que havia registrado queda de 1,70% em maio, passou para alta de 0,41% em junho.
Veja os vilões do IPCA em junho
O resultado do grupo de alimentação e bebidas foi influenciado pelo aumento dos preços para consumo fora de casa. A refeição passou de 0,41% no mês anterior para 0,95% em junho, enquanto o lanche foi de 1,08% para 2,21%.
Também houve alta em alguns alimentos para consumo no domicílio, como leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%).
No lado das quedas, houve recuo expressivo nos preços da cenoura (-23,36%), que já haviam caído em maio (-24,07%). Outros alimentos importantes na cesta de consumo dos brasileiros tiveram redução de preços, a exemplo da cebola (-7,06%), da batata-inglesa (-3,47%) e do tomate (-2,70%).
Regionalmente, todas as áreas tiveram variação positiva do IPCA em junho. O maior resultado foi observado na região metropolitana de Salvador (1,24%), influenciado pela alta de 4,63% nos preços da gasolina.