O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu para 0,54% em março, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 é uma prévia da inflação oficial do Brasil.
O percentual registrado na prévia da inflação foi o maior para o mês de março desde 2015, onde o índice estava em 1,24%. Em março de 2018, a taxa estava em 0,10%.
No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 4,18%, superior aos 3,73% registrados nos 12 meses anteriores. Dessa forma, o apontamento fica próximo ao estimado pelo governo à inflação de 2019. A meta central do IPCA é 4,25%, com margem de 1,5% para mais ou para menos.
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Variações dos grupos
- Alimentação e bebidas: +1,28%
- Transportes: +0,59%
- Saúde e cuidados pessoais: +0,38%
- Educação: +0,34%
- Habitação: +0,28%
- Despesas pessoais: +0,22%
- Vestuário: +0,06%
- Comunicação: -0,19%
- Artigos de residência: -0,23%
Inflação por regiões
Com exceção de Belo Horizonte, todas as regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram aceleração de fevereiro para março.
- Fortaleza: 0,92%
- Belém: 0,75%
- Goiânia: 0,74%
- Recife: 0,64%
- Rio de Janeiro: 0,58%
- São Paulo: 0,56%
- Salvador: 0,29%
Meta de inflação
Em 2018, a inflação oficial (IPCA) fechou o ano em 3,75%, abaixo da meta fixada pelo governo (4,5%). De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, para 2019, o IPCA deve ficar em 3,89%.
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A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), também do Banco Central, indica que a inflação deve subir nos próximos meses. No entanto, em 12 meses, o índice deve atingir seu pico entre abril e maio deste ano.
Além disso, afirmou ainda que após o pico, a inflação acumulada de 12 meses deve recuar e encerrar o ano em torno do projetado pelo Copom, pouco menor que 4%.
O IPCA-15 foi realizado com a base de preços calculados entre 13 de fevereiro e 15 de março e comparados ao período anterior (15 de janeiro a 12 de fevereiro, neste caso).
O indicador que dá a prévia da inflação, se refere ao rendimento de famílias entre 1 e 40 salários mínimos das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.