O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, ou IPCA-15, considerado a ‘prévia da inflação’, registrou uma alta de 0,51% no mês de maio, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25).
Com isso, o IPCA-15 ficou abaixo das projeções do consenso de mercado, que mirava 0,64% de variação no mês em questão.
No anualizado, a prévia da inflação mostra 4,07% de alta, ante expectativa de 4,21% do consenso de mercado. Somente em 2023, a variação foi de 3,12%.
Um mês antes, em abril, o IPCA-15 havia registrado avanço de 0,57%. Em igual etapa do ano anterior, o índice avançou 0,59%.
“A leitura do IPCA-15 de maio corrobora o cenário de desinflação em curso, embora as medidas de núcleo ainda sigam rodando acima do compatível com o cumprimento da meta de inflação. Na margem, com dados dessazonalizados e anualizados, a inflação de industriais e serviços subjacente está rodando em ritmo de próximo de 6%”, afirmam os especialistas de macroeconomia do Itaú BBA.
“Nas próximas leituras, devemos seguir observando recuo da inflação acumulada em 12 meses para ao redor de 3,7%, influenciado pelo efeito base dos cortes de impostos no ano passado e pelos cortes recentes de combustíveis na refinaria. Projetamos 5,8% para o IPCA em 2023 e 4,5% em 2024”, completam os analistas.
Sete dos nove grupos do IPCA-15 tiveram alta
Conforme os dados reportados pelo IBGE, um total de sete dos nove grupos de produtos e serviços que integram o índice tiveram avanço.
Os dois únicos que tiveram quedas foram o grupo de Transportes (-0,04%, impacto de -0,01 ponto porcentual) e Artigos de Residência (-0,28%, impacto de -0,01 ponto porcentual).
Os grupos com aumentos foram Vestuário (0,35%, impacto de 0,02 p.p.), Habitação (0,43%, impacto de 0,07 p.p.), Educação (0,07%, impacto de 0,00 p.p.), Despesas Pessoais (0,40%, impacto de 0,04 p.p.), Saúde e Cuidados Pessoais (1,49%, impacto de 0,20 p.p.), Comunicação (0,02%, impacto de 0,00 p.p.) e Alimentação e Bebidas (0,94%, impacto de 0,20 p.p.).
O resultado geral do IPCA-15 em maio foi decorrente de altas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas pelo instituto de pesquisa.
Conforme o IBGE, a região que teve a menor variação foi Recife (0,19%).
Já a região que mais pesou no IPCA-15, com a maior variação, foi Belo Horizonte (0,90%).
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