IPCA-15 fica em 0,13% em julho, ante 0,69% em junho, revela IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,13% em julho, após ter avançado 0,69% em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (26). Esta é a menor variação mensal desde junho de 2020, quando o IPCA-15 havia subido apenas 0,02%.
O resultado do IPCA-15 ficou dentro das estimativas do mercado financeiro, consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de uma queda de 0,70% a uma alta de 0,70%, perto da mediana de 0,16% de alta.
Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 registrou um aumento de 5,79% no acumulado do ano. No acumulado em 12 meses, a alta foi de 11,39%, de acordo com o IBGE. As projeções para o acumulado em 12 meses iam de avanço de 9,80% a 11,94%, com mediana de 11,41%.
A leitura da prévia da inflação oficial é a mais baixa desde junho de 2020. Apesar do alívio reduzir o acumulado em 12 meses do índice para abaixo de 12%, a inflação permanece mais de duas vezes o teto da meta oficial para este ano, que é de 3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
IPCA-15: quedas em Transportes e Habilitação aliviaram alta
Segundo dados do IBGE, a queda dos grupos Transportes e Habilitação, de 1,08% e 0,78%, respectivamente, garantiu a desaceleração da alta da inflação em julho. O motivo para o recuo foi principalmente a lei que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo. A legislação limita a incidência do tributo para alguns setores, considerados ‘essenciais’, a 17%. Com isso, os grupos contribuíram com -0,36 p.p. no índice.
Os preços da gasolina recuaram 5,01%, enquanto os de etanol caíram 8,16%, de acordo com o IBGE. A energia elétrica residencial teve queda de 4,61%.
Na contramão, o grupo com maior impacto no IPCA-15 de julho foi o de Alimentação e bebidas, que subiu 1,16%. O efeito foi exercido pelo leite longa vida, que disparou 22,27%. Em junho, alimentos aceleraram a taxa em 0,25%.
Com Estadão Conteúdo