O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,30% em julho, ante avanço de 0,39% em junho, conforme divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% neste ano de 2024. Em 12 meses, o indicador de inflação do Brasil avança 4,45%.
Os preços de alimentação e bebidas recuaram 0,44% em julho, depois de avançaram 0,98% em julho. Com isso, o grupo garantiu uma contribuição negativa de 0,10 ponto percentual para o IPCA-15.
Dentro do grupo, a alimentação em domicílio caiu 0,70% em julho, ante alta de 1,13% em junho. Já a alimentação fora do domicílio subiu 0,25%, ante avanço de 0,59% na última leitura.
O destaque de alta ficou por conta do grupo de transportes, que subiu 1,12% em julho, contribuindo com 0,23 ponto percentual no índice geral. As passagens aéreas subiram 19,21% neste mês, registrando peso de 0,12 ponto percentual. Já a gasolina teve valorização de 1,43%, contribuindo com 0,07 ponto percentual para o índice.
“destacamos surpresas altistas em passagem aérea e serviços para veículos. O item alimentação no domicílio, por outro lado, veio abaixo das expectativas. Em relação aos núcleos, serviços subjacentes vieram acima das expectativas puxados por serviços para veículos e condomínio, enquanto industriais subjacentes vieram em linha com as expectativas”, diz o Itaú.
Os analistas do banco afirmam que o IPCA-15 de julho veio acima das expectativas e projetam uma deterioração do cenário daqui em diante.
“O IPCA-15 de julho veio acima da nossa expectativa e com abertura pior do que a esperada, especialmente em função da aceleração dos serviços subjacentes, mostrando que a mínima do ano deve ter ficado em junho. Para frente, esperamos que o componente de serviços siga pressionado, refletindo o mercado de trabalho apertado. Também esperamos aceleração dos bens industriais, refletindo o câmbio mais depreciado”, afirma a casa.