Primeira prévia da inflação do ano, IPCA-15 avançou 0,3% em janeiro
A prévia da inflação oficial brasileira, o IPCA-15 avançou 0,3% em janeiro ante o mês anterior. Em dezembro de 2018, houve deflação de 0,16%. Todavia, para janeiro, este foi o mais baixo patamar alcançado desde a implantação do Plano Real, em 1994.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador representa a inflação oficial do País. A prévia da inflação mensal é denominada IPCA-15.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu 3,77%, abaixo dos 3,86% registrados anteriormente contabilizando também os últimos 12 meses.
O último Boletim Focus, publicado na segunda-feira (21), reduziu as expectativas para a inflação de 2019, de 4,02% a 4,01%.
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Confira abaixo a inflação, por mês, dos últimos 12 meses:
- janeiro/2018: 0,39%
- fevereiro/2018: 0,38%
- março/2018: 0,1%
- abril/2018: 0,21%
- maio/2018: 0,14%
- junho/2018: 1,11%
- julho/2018: 0,64%
- agosto/2018: 0,13%
- setembro/2018: 0,09%
- outubro/2018: 0,58%
- novembro/2018: 0,19%
- dezembro/2018: -0,16%
A inflação oficial de 2018 fechou a 3,75%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Com intervalo de tolerância de 1,5% para mais ou para menos, a meta central para o IPCA em 2018 era de 4,5%.
Na terça-feira (22), o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse à Reuters que o BC vai sempre olhar no momento adequado se a política monetária está suficientemente estimulativa.
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Transporte tem maior deflação no IPCA-15
Os setores de transporte e vestuário otimizaram a inflação. Ambos os setores apresentaram deflação na passagem de dezembro para janeiro, de 0,47% e 0,16%, respectivamente.
Em contrapartida, a maior alta dentre os nove grupos pesquisados foi nos preços de alimentos e bebidas, que subiram 0,87%.
Confira abaixo as variações por segmento:
- Alimentação e bebidas: 0,87%
- Habitação: 0,08%
- Artigos de residência: 0,58%
- Vestuário: -0,16%
- Transportes: -0,47%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,68%
- Despesas pessoais: 0,43%
- Educação: 0,31%
- Comunicação: 0,06%
Os transportes obtiveram o maior índice de deflação devido à queda nos preços da gasolina, de 2,73%. O IBGE destacou que a gasolina foi o item que teve o maior impacto individual, de -0,12 p.p, no indicador de janeiro.
Em adendo, o relatório do IBGE ressaltou ainda que, à exceção de Salvador, que registrou alta de 2,38% na gasolina, os demais locais pesquisados obtiveram deflação.
A mais intensa foi identifica em Fortaleza, com -5,99%, enquanto a menos intensa foi em Goiânia, com -1,38%.
A descida nos preços médios do etanol e óleo diesel também contribuíram para a variação negativa dos transportes. O etanol caiu 1,17% no preço médio, enquanto o óleo diesel obteve queda de 3,43%.
Outro ponto a ser ressaltado é queda de 3,94% na média de preços das passagens aéreas. Em dezembro, houve alta de 29,61%.
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Apenas Curitiba tem deflação
Das regiões apuradas pelo BC, Curitiba foi a única capital a registrar deflação em janeiro. A variação negativa da cidade paranaense foi puxada pelas quedas de 3,55% no preço da gasolina e de 1,9% na tarifa de energia elétrica.
Em contrapartida, a região metropolitana de Salvador apresentou a maior alta. A causa da ascensão é, principalmente, os preços das frutas e das carnes. As primeiras subiram 10,10%, enquanto as proteínas tiveram reajuste de 4,60%.
Confira abaixo as variações por capital:
- Salvador: 0,80%
- Rio de Janeiro: 0,59%
- Belo Horizonte: 0,48%
- Belém: 0,39%
- Porto Alegre: 0,27%
- São Paulo: 0,21%
- Recife: 0,13%
- Goiânia: 0,08%
- Brasília: 0,07%
- Fortaleza: 0,04%
- Curitiba: -0,08%
O IPCA-15 inclui no cálculo as famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, residentes das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
O cálculo do IPCA-15 foi feito com base nos preços coletados no período de 13 de dezembro de 2018 a 15 de janeiro de 2019 (referência). Tais preços foram comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 12 de dezembro de 2018 (base).