A prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), de maio foi de 0,44%, depois de ter avançado 0,60% em abril. Trata-se do maior resultado para o mês de maio desde 2016. No ano, o índice acumula alta de 3,27% e nos últimos 12 meses o IPCA-15 acumula alta de 7,27%.
Portanto, a prévia do índice oficial apresentou uma desaceleração, visto que, em março havia registrado alta de 0,93%, no mês seguinte 0,60%% e em maio 0,44%. No mesmo período no ano passado, a taxa foi de -0,59%. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo saúde e cuidados pessoais (1,23%) acelerou na comparação com abril (0,44%), registrando o maior impacto sobre o indicador de maio, muito por conta do reajuste de 10,08% nos medicamentos, no início do mês anterior.
Para a Ativa Investimentos o resultado de IPCA-15 de maio foi surpreendente. O observado foi 0,44%, ante mediana do mercado em 0,55% e projeção de 0,54% da corretora.
O desvio majoritário do mercado esteve concentrado em 1 subitem, passagem aérea. As coletas geraram desvio de projeções, inclusive na Ativa Investimentos. “Esperávamos que o subitem recuasse 1,00% e o observado foi de -28,85%, contribuindo com -13bps para o desvio do headline”, explica Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Confira o desempenho do IPCA-15 em grupos de produtos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maior . O maior impacto veio do grupo Saúde e cuidados pessoais que acelerou em relação a abril.
Confira as variações dos grupos de março a abril:
- Alimentação e Bebidas (0,36% para 0,48%);
- Habitação (0,45% para 0,79%);
- Artigos de Residência (0,55% para 0,89%);
- Vestuário (1,42% para 0,17%);
- Transportes (1,76% para -0,23%);
- Saúde e Cuidados Pessoais (1,23% para 0,44%);
- Despesas Pessoais (0,05% para 0,09%);
- Educação (0,00% para 0,08%);
- Comunicação (-0,04% para 0,03%)
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de abril a 13 de maio de 2021 e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 13 de abril de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.