A produtora de componentes automotivos Iochpe-Maxion (MYPK3) informou nesta terça-feira (24) que vem registrando uma retomada da demanda nos últimos meses e projeta uma recuperação consistente do mercado para o próximo ano. Contudo, a empresa comunicou o adiamento da inauguração de sua nova fábrica na China em função da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A expectativa era que a fábrica chinesa entrasse em operação no início do próximo ano, entretanto, o diretor financeiro e de relações com investidores da Iochpe-Maxion, Elcio Mitsuhiro Ito, informou que a nova previsão é que a unidade seja inaugurada no final de 2021 ou começo de 2022.
“Tivemos atrasos na construção por causa da pandemia, cujo epicentro foi próximo ao local de nossa nova fábrica”, declarou o diretor a jornalistas.
Segundo a Iochpe-Maxion, a empresa se aliou à montadora Dongfeng, uma das líderes da China, com a finalidade de construir sua segunda fábrica no país, que estará localizada em Suzhou, com capacidade de produção de 2 milhões de unidades por ano.
A nova fábrica na China funcionará para produzir rodas de alumínio para automóveis e SUVs, informou a produtora de automotivos.
Além disso, segundo a empresa, o foco da nova operação fabril na China é o mercado local, onde o consumo anual de automóveis gira em torno de 23 milhões de unidades. Ao passo que o Brasil consumirá, neste ano, cerca de 2 milhões de veículos.
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O presidente da Iochpe, Marcos de Oliveira, revelou que o nível de utilização da capacidade vem crescendo continuamente, atingindo de 75% a 80% no mundo. Apesar de não ter divulgado os números, o executivo informou que a empresa reduziu em cerca de 8% a força de trabalho em suas operações globalmente.
“No Brasil, esse impacto foi muito pequeno, porque adotamos programas de manutenção do emprego do governo federal.”
O presidente da Iochpe-Maxion expressou otimismo com a retomada da demanda para o próximo ano. Mesmo que haja uma segunda onda do vírus, a expectativa é que o setor produtivo não pare completamente como aconteceu em meados de abril deste ano no Brasil, “o lockdown deve ser parcial”, disse.