Investir em títulos de renda fixa ou em ETFs?
Investir diretamente em renda fixa ou em um ETF de renda fixa? Essa é uma dúvida comum entre os investidores. Na visão do CEO da Investo, Cauê Mançanares, existem algumas vantagens em investir em ETFs do segmento.
Para quem quer levar o título até seu vencimento, dependendo da rentabilidade, investir diretamente é interessante. Mas na visão de Mançanares, os ETFs de renda fixa possuem vantagens tributária, diversificação de portfólio e, em muitas situações, conseguem bater o retorno da “renda fixa tradicional”.
Quando o assunto é imposto de renda, os ETFs têm vantagens. Esse tipo de fundo passivo não possui “come cotas” e nem cobrança IOF, e a alíquota flat é pelo prazo do fundo. “Se você comprar hoje e vender amanhã, de um fundo que tem um prazo de 2 anos, você não vai pagar essas taxas, pagando apenas 15% de imposto, sem aquela escala regressiva”.
Os produtos de renda fixa bancários ou títulos públicos possuem uma tabela regressiva de imposto de renda. A alíquota mais alta aplicada é de 22,5%, para investimentos mantidos por até seis meses. Já para os títulos mais longos, de 720 dias, a alíquota é de 15%.
Neste aspecto, o ETF de renda fixa pode ser utilizado para diferentes prazos de investimentos, seja para para o longo prazo ou até para curto prazo. Nessa situação, com prazo curto, a vantagem é pagar menos imposto de renda
Lembrando que os ETFs de renda fixa são listados na bolsa de valores, carregando em suas carteiras títulos de renda fixa. A tributação desses fundos não é a mesma dos ETFs de renda variável, quando o lucro da operação é tributado em 15%, quando há ganho de capital.
Os ETF de renda fixa possuem menos volatilidade
O CEO também comenta que os títulos públicos do tesouro direto possuem volatilidade. Ou seja, antes do vencimento, o preço do título varia bastante. Porém, ao escolher um ETF, o investidor dilui a volatilidade por possuir uma cesta de títulos ao invés de apenas um título.
Obviamente, é possível obter retornos satisfatórios com os títulos individualmente, principalmente para quem levar o produto até seu vencimento ou obter lucro com a marcação a mercado, com a valorização do título.
Porém, Mançanares ressalta que os ETFs são muito diversificados. “Tem ETFs, como o USDB11, que tem mais de 10 mil títulos em carteira. Se um ativo der problema, vai ser só uma parte do portfólio. Além da vantagem tributária, o investidor pode dormir tranquilo, sem precisar acompanhar cada título individualmente.