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Investindo em ETFs: como montar uma carteira?

ETFs.

ETFs.Foto: Unsplash

Os ETFs (Exchange Traded Funds) estão crescendo no mercado de capitais no Brasil. De acordo com dados da B3, até julho de 2024, o número de investidores em ETFs alcançou a marca de 640 mil. Embora esse número seja modesto em comparação com o mercado norte-americano, que possui mais de US$ 9 trilhões em ativos, o crescimento do segmento é notável, saltando de 21 mil investidores em 2016.

Por definição, os ETFs são diversificados e podem ser utilizados tanto por investidores iniciantes, que ainda não sabem como montar um portfólio, quanto por aqueles mais experientes, que desejam “apimentar” suas carteiras com fundos de índice mais arrojados, como os relacionados ao setor de tecnologia ou ao mercado de criptomoedas. Diante disso, entenda a seguir como montar uma carteira de ETFs.

A construção de uma carteira com fundos de índice começa com a definição clara dos objetivos de investimento e a compreensão do perfil de risco do investidor, comenta Raquel Zucchi, head de research da Investo. Essa definição ajuda a estabelecer se a carteira deve ter maior alocação em ETFs de renda fixa ou de renda variável.

O aspecto mais importante do ETF é o índice que o fundo vai seguir, explica Vinícius Romano, head de renda fixa da Suno Research. Antes de pensar em uma carteira de ETFs, o investidor precisa entender os ativos que estão “dentro” deles.

Assim como o índice Ibovespa, que é a cesta de ações e o principal índice da B3, existem vários ETFs que representam diversas classes de ativos. 

Também há ETFs de renda fixa que incluem títulos indexados à inflação e títulos pré-fixados. Isso demonstra que existem vários tipos, incluindo setoriais, que reúnem empresas de setores específicos, como o setor de jogos eletrônicos.

Romano destaca que investir em ETFs envolve compreender os diferentes tipos de índices, que se adaptam a diversos perfis de investidores.

ETFs para todos os perfis: iniciantes ou experientes

Os ETFs são adequados tanto para iniciantes quanto para investidores mais experientes. No entanto, o equilíbrio entre renda fixa e renda variável deve ser personalizado. Para construir uma carteira, Zucchi ressalta a importância de considerar os objetivos financeiros, o horizonte de investimento e a tolerância ao risco do investidor.

A analista acredita que investidores conservadores podem priorizar a renda fixa, enquanto os mais arrojados podem buscar maior exposição à renda variável para capturar crescimento a longo prazo. 

Para os iniciantes, Zucchi recomenda ETFs de renda fixa com menor duração, como o NTNS11. Esses ativos têm uma duration menor, gerando retornos reais positivos com menor volatilidade. 

No geral, esse tipo de ETF é indicado para quem deseja construir uma base sólida e segura em sua carteira de investimentos, “reduzindo riscos e aprendendo gradualmente sobre o mercado financeiro”, enfatiza a analista.

Embora não seja uma regra absoluta, Zucchi observa que investidores mais jovens costumam priorizar ETFs com ativos de renda variável, enquanto investidores mais velhos tendem a ter uma maior proporção de renda fixa em suas carteiras.

Para aqueles que investem em renda fixa, ações ou fundos imobiliários, os ETFs podem agregar valor ao portfólio.

Zucchi finaliza que “os ETFs podem servir como uma base robusta, proporcionando diversificação e estabilidade a longo prazo”. Especialmente os de renda variável “costumam entrar na carteira com o objetivo de acumulação de patrimônio”, complementa.

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