Os investimentos das empresas de telefonia celular aumentaram mais de 12% em 2018. Os dados foram informados pela Sinditelebrasil, sindicato representante do setor, nesta terça-feira (4).
De acordo com os dados do sindicato, até setembro de 2018 as empresas de telefonia haviam feito investimentos de R$ 20,5 bilhões, superior aos R$ 18,2 bilhões investidos no mesmo período em 2017.
Em 2013, entre janeiro e setembro, as empresas realizaram um investimento de R$ 20,9 bilhões na área. Desde então, foram apresentadas apenas quedas nos índices até 2016.
Em entrevista coletiva, o presidente do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, afirmou que há uma expectativa de melhora na economia, o que impulsiona os investimentos.
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Antenas
O presidente do sindicato ainda cobrou uma definição sobre a Lei das Antenas, durante a coletiva de imprensa. O artigo da Lei Geral de Antenas (2015) permite a passagem de infraestrutura de telecomunicação (ex: fibra ótica), sem custo por áreas de concessões (estradas, aeroportos, etc).
De acordo com Levy, a Advocacia-Geral da união (AGU) possui uma indicação que a aplicação do artigo vale para áreas urbanas e rurais. Entretanto, ainda não existe um entendimento com a procuradoria do Ministério dos Transportes. Desta forma, continua sendo cobrado o direito de passagem, mesmo em concessões feitas após a lei ser aprovada.
Diminuir impostos
Conforme Levy, o governo que irá assumir o Brasil pode adotar novas políticas para aumentar a demanda no setor, como por exemplo, a diminuição de custo de impostos nos telefones celulares.
Segundo ele, reduzir o custo de smartphones vai ampliar o número de investimentos da população, e com isso, seria gerada uma arrecadação maior de impostos em cima do serviço. De acordo com dados do sindicato, 88% da população que usa o serviço de telefonia móvel está estável, desde 2016.