Investimentos em startups brasileiras encolhem 50% em 2022; veja números

A temporada de “inverno” nas startups chegou ao Brasil e parece ainda estar longe de acabar. Tanto é que os investimentos feitos nesse tipo de negócio em 2022 ficaram na casa dos US$ 5,2 bilhões — no ano anterior, o montante foi de US$ 10,5 bilhões.

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De acordo com o levantamento feito pela consultoria Sling Hub, a queda no aporte em startups aconteceu em toda a América Latina, sendo que os negócios brasileiros tiveram a maior retração. Ao todo, foram promovidas 1.251 rodadas de investimento na região, 10% a menos no comparativo com 2021.

Ainda em relação à América Latina, os investimentos em startups caíram 35%, passando de US$ 18,4 bilhões para US$ 12 bilhões em aportes em 2022.

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Menos rodadas de investimentos de alto valor

O relatório da Sling Hub ainda aponta que rodadas de investimento acima US$ 50 milhões despencaram no último ano. Para se ter uma ideia, em 2021 foram 47 rodadas desse tipo no Brasil, enquanto no ano passado o número passou para 26. Na América Latina, o número caiu de 93 para 62 no comparativo do mesmo período.

“As condições de mercado tiveram influência no resultado brasileiro e podem ser parcialmente responsáveis pela redução da participação do País no total arrecadado na região”, destaca o relatório da Sling Hub.

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No entanto, outros países conquistaram espaço entre os investimentos em startups da América Latina. Colômbia e Chile chegaram a 87% e 47%, “o que pode indicar um amadurecimento do ecossistema, mesmo sob condições desfavoráveis”, afirma a consultoria.

Além disso, os aportes em startups de US$ 1 milhão a US$ 5 milhões cresceram tanto no Brasil quanto nos vizinhos latinos. As startups brasileiras tiveram 148 rodadas de investimentos do tipo seed e série A (que contemplam os valores citados), enquanto em 2021 foram 141. Na América Latina o número passou de 238 para 283.

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Queda de novas startups unicórnio

E não foram só os investimentos que caíram, o número de novas startups unicórnio também retraiu. Na América Latina, o número caiu pela metade: de 21 para 10 no comparativo entre 2021 e 2022. No Brasil, apenas a Neon e a Dock alcançaram o valuation de US$ 1 bilhão necessário para receber o título — no ano anterior, foram 10 companhias.

Já em relação às fusões e aquisições de startups (as chamadas operações de M&As), houve queda na América Latina, porém o número cresceu em solo brasileiro. Enquanto na região as M&As foram de 343 para 299, no Brasil pulou de 229 para 236, puxado por fintechs, healthtechs e deep techs.

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Janize Colaço

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