Quem deseja investir em empresas que possuem boas práticas sustentáveis e estão dentro da temática ESG (traduzido como Meio Ambiente, Sociedade e Governança) precisa ter bastante atenção. Inúmeras empresas e fundos de investimentos divulgam uma “publicidade verde”, mas não possuem qualquer compromisso com as questões ambientais, sociais e de boa governança.
Trata-se do fenômeno conhecido como maquiagem verde, chamado também de greenwashing. Há cinco anos, não era tão interessante para empresa se mostrar sustentável, pois suas ações não valeriam mais nem teria mais procura de investidores.
Porém, com o desenvolvimento do mercado e a valorização da agenda sustentáveis, algumas companhias exageram suas práticas e fazem publicidade daquilo que não possuem de fato.
Para saber tudo sobre ESG, nos acompanhe nesta “Semana do ESG: Investindo no Futuro“, realizada com apoio da CBA e da Rio Bravo. Entre 8 e 12 de agosto, o Suno Notícias vai trazer uma série de conteúdos especiais sobre investimentos ESG para você ficar por dentro do tema e entender como isso impacta o seu bolso. Você acompanha todo o conteúdo neste link.
Você também não pode perder o evento presencial do Suno Notícias sobre ESG, com vagas limitadas, que ocorrerá no dia 17 de agosto, em São Paulo.
Agora confira os 4 passos para analisar os melhores ativos e ficar longe do greenwhasing:
1- Acompanhe as empresas e veja por si mesmo se elas estão fazendo greenwashing
No geral, não é fácil para uma pessoa que está distante da abordagem ter uma compreensão exata dos melhores investimentos ESG. Fabio Alperowitch, gestor e sócio fundador da Fama Investimentos, acredita que a experiência do investidor em relação às empresas que possuem boas práticas é importante para sua tomada de decisão. Alperowitch é um dos grandes nomes do ESG no Brasil e estará presente no evento presencial do Suno Notícias, no próximo dia 17.
Por meio desse contato com as companhias, é possível ver as empresas que se “relacionam bem com seus clientes, fornecedores e com as comunidades ao entorno”, diz o gestor. Neste aspecto, não existe segredo: o jeito é acompanhar o dia a dia da empresa, por mais difícil que isso possa parecer.
Uma das alternativas para isso é olhar para as redes sociais e os portais de Relações com Investidores das companhias e consultar o site “Reclame Aqui”.
Outra dica é verificar se a empresa é realmente transparente e não dá apenas boas notícias. Quando o tema ESG é levado a sério, a empresa deve reportar também os problemas e impactos negativos em seus negócios, assim como os planos para superá-los.
2 – Pesquise o histórico da empresa e os porta-vozes ESG
Também é importante verificar o histórico da empresa, uma vez que as companhias que têm uma cultura social e ambiental já praticam isso há décadas, ressalta Alexandre Di Miceli, fundador da Virtuous Company Consultoria. Ele aponta a necessidade de analisar quais problemas a empresa teve no passado e se esteve envolvida em escândalos nestas frentes.
Além disso, é importante observar se a companhia só traz boas notícias de si mesma. Se isso acontece: ligue o sinal de alerta! “Uma companhia que preza pelos pilares do ESG também precisa ser capaz de reportar os problemas ou impactos negativos nos seus processos”, afirma Miceli.
Outra pista é verificar quem são os porta-vozes de questões ambientais na empresa. Pense comigo: se o tema ESG é importante dentro da empresa, quem será seu maior porta-voz? “Se forem líderes da alta gestão, é um bom sinal”, diz Miceli. Por outro lado, se o tema é tratado apenas como item de relações públicas, vale um alerta.
3 – Confira os índices do mercado com temática ESG
Uma das alternativas para encontrar os melhores investimentos ESG é verificar os índices de mercado que selecionam essas empresas. Os índices criam uma espécie de seleção das empresas que seguem determinadas práticas e podem ser associadas ao ESG. No Brasil, o índice mais conhecido é o Índice Sustentabilidade (ISE), criado em 2005 pela B3.
Marcela Ungaretti, head de Research ESG da XP, cita que os índices e ratings são duas frentes possíveis para filtrar empresas que possuem boas práticas de sustentabilidade.
Atualmente, apenas 24% das bolsas do mundo exigem relatórios de sustentabilidade das empresas, diz Ungaretti. Por outro lado, os relatórios financeiros são expostos com recorrências pelas companhias de capital aberto, enquanto as práticas sustentáveis nem sempre são publicadas.
No Brasil, muitas companhias têm se interessado em deixar públicas suas ações em relação ao meio ambiente, sociedade e governança.
4- Procure por ajuda profissional para uma seleção de “ativos ESG”
Uma das formas de o investidor se informar sobre essas empresas e fazer boas escolhas de investimento é por meio de ajuda de um profissional do mercado.
Isso inclui o trabalho de uma corretora ou casa de análise que possui um time especializado em investimentos ESG, caso da XP. Os profissionais do mercado possuem credenciais para análises de investimentos e recomendação de ativos. BB Investimentos e BTG Pactual também estão entre as casas que divulgam carteiras recomendadas ESG.
O maior cuidado do investidor é não cair em armadilhas de companhias que fazem publicidade exagerada de suas práticas, sem que elas tenham de fato compromisso ambiental ou social.
Porém, Fábio Alperowitch mostra que atualmente há muitos investidores estrangeiros e locais que priorizam a agenda ESG em suas escolhas. Por isso, as empresas querem se mostrar como sustentáveis para atrair os olhares da sociedade, sendo que muitas dessas companhias não têm qualquer compromisso com as causas sociais. Ou seja, quem investe precisa ficar de olho nesse tipo enganoso de marketing.
Seja por meio do acompanhamento de perto, com índices ou ajuda de um profissional do mercado, os investimentos ESG demandam um olhar (muito) atento de quem investe.
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