Investimentos caem 0,7% em agosto, aponta Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou que os investimentos na economia do Brasil caíram 0,7% em agosto em comparação a julho. O dado divulgado nesta quinta-feira (3) corresponde ao Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).

Apesar da desaceleração na comparação mensal, os investimentos aumentaram 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, considerando até agosto, a alta foi de 2,5%.

O FBCF é composto por três segmentos (máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos), sendo que todos registraram queda entre julho e agosto.

De acordo com a pesquisa, o setor de máquinas e equipamentos caiu 1,3% na comparação mensal. A redução é um reflexo da alta de 8,1% nos produtos importados em contrapartida a redução de 2,9% na produção nacional.

No setor de construção civil, a queda foi de 1,1% em agosto ante julho. Além disso, houve retração de 0,7% no segmento de outros ativos fixos.

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“Parte desse resultado foi novamente explicado pela retração das importações no período, que, devido à alta base de comparação – importações de plataformas de petróleo ocorridas em agosto de 2018 –, recuou 14,8% em termos anuais”, explica o relatório do instituto.

Investimentos estrangeiros no Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou os investimentos estrangeiros no Brasil até 2021 devem chegar a R$ 1,1 trilhões. O montante é esperado no quadriênio que engloba os anos entre 2019 e 2022, um aumento de 6,8% em relação à previsão anterior válida para o período entre 2018 e 2021.

Saiba mais: BNDES espera R$ 1,1 tri em investimentos no Brasil até 2021

Os números divulgados pelo BNDES levam em consideração as aplicações apoiadas e não apoiadas pelo banco de investimento. O estudo envolve 19 setores, sendo 11 da indústria e oito da infraestrutura. Em termos reais, os investimentos neste período devem ser elevados em 2,7%, de acordo com o banco.

Os investimentos são alavancados principalmente pelo segmento de petróleo e gás, puxado pela recuperação do preço do petróleo e também pelos leilões de concessão ou de partilha de blocos exploratórios entre 2017 e 2018.

Giovanna Oliveira

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