Investimentos de brasileiros ultrapassam R$ 3 tri no 1º semestre
Os investimentos dos brasileiros ultrapassaram pela primeira vez a marca de R$ 3 trilhões no fim de junho deste ano. Os números foram divulgados através do relatório de pessoas físicas divulgado na última quinta-feira (8), pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os ricos lideraram essa alta. Os investimentos de alta renda e private banking, grupo que representa 9,33% das contas e 70% do volume total investido, registrou alta de 19,8%, na comparação com os últimos três meses de 2018.
Investimentos segmentados
A classe do varejo, que na média das instituições é constituída por investidores que tem renda mensal de pelo menos R$ 10 mil, registrou uma alta menor, de 4,8% no período.
Para José Rocha, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, isso ocorre porque o segmento é mais sensível às despesas de começo de ano em comparação à classe de alta renda. “As pessoas sacam o dinheiro da poupança para pagar as despesas como IPVA e IPTU. No segundo semestre, a tendência é de crescimento da poupança”, disse Rocha.
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Do volume total investido, R$ 1,176 trilhão está concentrado no segmento private. O private é o segundo mercado financeiro para quem tem a partir de R$ 3 milhões em produtos financeiros. Também complementam o total aplicado R$ 968,7 bilhões no varejo de alta renda e R$ 912,7 bilhões do varejo tradicional.
Ainda no segmento private, houve nos últimos seis meses maior exposição em renda variável, com uma alta de 17,4% no período, chegando a R$ 172,7 bilhões registrados no fim de junho. Em fundos de investimento, estão alocados R$ 590 bilhões, a renda fixa possui R$ 278 bilhões aplicados e R$ 125,9 bilhões estão alocados em previdência privada.
Levando em consideração o volume total do varejo, ou seja, R$ 1,881 trilhão, as aplicações em fundos de investimentos correspondiam a R$ 626 bilhões, alta de 5,1% no mesmo período. Outros R$ 525,6 bilhões, crescimento de 4,2%, foram destinado a títulos e valores mobiliários, como ações e fundos imobiliários.
A poupança, mesmo com o baixo rendimento, ainda retém o maior volume de investimentos dentre os brasileiros. Cerca de R$ 729,8 bilhões ainda está alocado nesse investimento, volume praticamente estável em relação a dezembro do ano passado.