O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou nessa quinta-feira (7) que os investimentos medidos pelo indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caíram 8,9% em março, devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A redução dos investimentos em março interferiu negativamente nos dados do primeiro trimestre de 2020, mas ainda assim, os três primeiros meses do ano apresentaram uma alta de 1,7% quando comparado com os dados do mesmo período de 2019. Em janeiro desse ano houve uma alta de 7,9%, enquanto fevereiro também apresentou um crescimento de 1,2%.
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Em março de 2019, o índice também apresentou uma queda, dessa vez, de 0,9%, ao passo que o primeiro trimestre do ano passado apresentou uma alta de 4%.
De acordo com a pesquisa, o indicador da construção civil apresentou um decréscimo de 6,7% no mês de março, frente ao mês anterior. Os dados também mostraram uma queda de 1% em comparação com o último trimestre de 2019.
Além disso, os investimentos em máquinas e equipamentos recuaram 15,1% em março. Em contrapartida no primeiro trimestre cresceram 6,6%. Em relação a produção nacional de máquinas, a pesquisa indicou que houve um decréscimo de 9,5% no terceiro mês do ano, enquanto a importação teve um resumo de 35,9% no mesmo período.
Por fim, a pesquisa do Ipea salientou que os demais investimentos apresentaram um decréscimo de 7,9% no mês de março ao passo que no primeiro trimestre também apresentaram uma queda de 2,6%.
Investimentos em produtos financeiros apresentam queda em março
Além disso, no início da semana, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) informou que os investimentos dos brasileiros somaram R$ 3,09 trilhões em março, apresentando uma queda em comparação a fevereiro quando somaram R$ 3,26 trilhões.
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O segmento de varejo é responsável por R$ 1,89 trilhão dos investimentos em março, enquanto o private soma R$ 1,19 trilhão. Em fevereiro, esses números eram maiores, uma vez que o varejo era responsável por R$ 1,94 trilhão e o private por e o private R$ 1,32 trilhão. Segundo a Anbima, os dados são referentes a aportes de 80,4 milhões de contas desses segmentos em bancos e corretoras.