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Você já ouviu falar em investimentos alternativos? Saiba como eles podem “turbinar” sua carteira

Você já ouviu falar em investimentos alternativos? Saiba como isso pode “turbinar” sua carteira

Você já ouviu falar em investimentos alternativos? Saiba como isso pode “turbinar” sua carteira. Foto: iStock

Em um cenário macroeconômico marcado por incertezas no Brasil e no mundo, muitos investidores buscam por opções além dos ativos tradicionais. Com a volatilidade dos mercados, a alta dos juros e a inflação em foco, a diversificação em investimentos alternativos é importante para proteger o patrimônio e potencializar sua rentabilidade.

Nesse contexto, ativos como ouro, criptomoedas, private equity e fundos de infraestrutura ganham destaque como opções de investimentos alternativos para compor uma carteira mais robusta e resiliente aos momentos de instabilidade. Mas afinal, quais são as vantagens e desvantagens desses investimentos?

Lembrando que esta semana temática tem o apoio da Suno e o patrocínio da Investo, a maior gestora independente de ETFs do Brasil. Acompanhe todos os conteúdos neste link.

Quais são as vantagens e desvantagens dos investimentos alternativos?

Para Alessandra Gontijo, CCO da Investo, uma das vantagens de investir em setores alternativos é que eles possibilitam diversificar ainda mais o portfólio, além de trazer oportunidades bem interessantes de retorno que podem complementar a rentabilidade dos ativos tradicionais.

“O potencial desses investimentos é enorme e, por isso, vêm se tornando cada vez mais importantes para a composição de um portfólio eficiente”, afirma Gontijo.

Além de oferecer diferentes formas de diversificação e potencial de retornos mais elevados, os investimentos alternativos podem trazer mais proteção contra alguns riscos, como é o caso da inflação, da desvalorização das moedas e também das flutuações observadas nos mercados tradicionais. 

Por outro lado, como os investimentos alternativos são diversos, alguns deles podem apresentar uma maior volatilidade, como os casos das criptomoedas e private equity, o que pode ser considerada uma desvantagem para muitos investidores.

Além disso, certos ativos podem ter uma liquidez reduzida, dificultando vender esses ativos rapidamente. Dependendo do investimento alternativo, o investidor pode estar mais exposto a riscos específicos de determinado setor.

Fundos de infraestrutura como opção

As vantagens podem ser distintas e próprias de determinados ativos alternativos. Conforme destaca Rodrigo Wainberg, CFA analista de ativos líquidos da Suno Asset, esse é o caso dos fundos de investimento em infraestrutura (FI-Infra), que contam com isenção de Imposto de Renda, tanto nos rendimentos distribuídos aos cotistas, quanto em eventual ganho de capital ao vender a cota na Bolsa de Valores.

A segunda vantagem trazida por Wainberg é a diversificação. Isso porque investir no setor de infraestrutura geralmente requer um volume de capital mais relevante. Até pouco tempo, se o investidor quisesse se expor ao setor a partir do crédito, isso geralmente era feito somente por debêntures, mas agora também é possível pelas debêntures incentivadas, voltadas ao setor de infraestrutura.

Para o especialista, uma alternativa de diversificação no setor de infraestrutura que não demanda uma grande alocação de capital para começar é o investimento em fundos de infraestrutura.

“É mais difícil diversificar individualmente em debêntures de infraestrutura. Assim, ao comprar um FI-Infra, o investidor já está levando para sua carteira uma exposição a dezenas de debêntures incentivadas escolhidas por profissionais e sem o desconto do spread”, explica.

Por outro lado, uma possível desvantagem de optar pelo FI-Infra é o risco de mercado, uma vez que em períodos de maior volatilidade e de desafios macroeconômicos, a cotação desses fundos pode cair mais.

Outro ponto a se considerar nos fundos de infraestrutura, e que pode ser uma desvantagem a depender do ativo, é o risco de crédito, sendo importante avaliar os riscos associados aos ativos investidos pelo FI-Infra.

Outros exemplos de investimentos alternativos

Também há outras opções de investimento alternativo presentes no mercado. O ouro, por exemplo, é reconhecido como um ativo de proteção contra a inflação nos períodos de maior incerteza econômica ou geopolítica

Somente no ano passado, o ouro registrou uma valorização superior a 30%, alcançando o valor histórico de US$ 2.748,23. A expectativa do mercado é que essa tendência possa continuar ao longo de 2025.

Além disso, também existe o Bitcoin e as criptomoedas em geral, que vêm sendo impactadas positivamente nos últimos meses com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, diante de sua intenção de construir uma reserva estratégica do governo na criptomoeda.

Por fim, a CCO da Investo também destaca o setor de Private Equity. Nesse segmento, o principal atrativo seria a possibilidade de participar do crescimento acelerado de empresas promissoras, o que pode alavancar o retorno do investimento.

“Este setor tem sido beneficiado principalmente nos Estados Unidos, dado que após a posse do novo presidente, houve uma maior flexibilização das regulamentações, com um ambiente mais favorável para operações de fusões e aquisições por parte das agências que monitoram o setor”, conclui.

Como acessar investimentos alternativos?

Existem diferentes formas de acessar e investir em investimentos alternativos, mas a mais simples delas, segundo Alessandra Gontijo, é por meio dos ETFs. Isso acontece porque os ETFs permitem o investimento nos principais setores de forma simples e com baixo custo.

A Investo, a maior gestora independente de ETFs no Brasil, conta com alguns exemplos de ETFs alternativos disponíveis no mercado, como os voltados a cripto, private equity e biotecnologia, por exemplo. No total, ela tem atualmente um portfólio de 20 ETFs listados na B3.

Um dos exemplos de ETFs alternativos da Investo é o HODL11, um ETF de criptoativos que replica o índice Market Vector Bitcoin Benchmark Rate – USD. Outro exemplo é o PEVC11, ETF de Private Equity da casa, que segue a performance do índice BlueStar Top 10 US Listed Alternative Asset Managers Index. Já o BTEK11 é o ETF de biotecnologia que replica o XBI (S&P Biotechnology Select Industry Index).

Como já destacado, os fundos de infraestrutura são outra forma de se expor aos investimentos alternativos. Como um dos maiores riscos das debêntures é o de crédito, optar por um FI-Infra pode ser uma opção mais segura de se expor ao setor.

“Se você está investindo em um emissor que tem um risco de crédito alto, você pode vir a frente tomar um calote ou uma inadimplência. Por conta disso, os FI-Infra contam com especialistas que podem ter uma avaliação mais completa do que o investidor que está buscando investir em debêntures por conta própria”, explica Rodrigo Wainberg.

Ademais, é importante que o investidor analise o seu próprio perfil de investimento, visto que os investimentos alternativos demandam um maior apetite ao risco, assim como uma alocação equilibrada com o restante da carteira.

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