O ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, será alvo de uma investigação interna da empresa no Brasil. O foco da inquirição é extrair informações arquivadas em computadores e celulares durante o período em que o executivo foi presidente da empresa.
Em novembro de 2018, Ghosn foi preso por acusações de má conduta financeira ao lado de seu auxiliar, Greg Kelly, em Tóquio. Após pagar fiança, ele foi solto e aguarda julgamento.
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A pedido de executivos da Nissan e procuradores, um grupo de cientistas forenses tentará reunir evidências virtuais que possam contribuir para o julgamento de Carlos. Os investigadores tentarão encontrar informações sobre parceiros de negócios de Ghosn na América Latina e no Oriente Médio.
Dificuldades durante a investigação no Brasil
No Brasil, a montadora japonesa tenta encontrar familiares do executivo que possam ter se beneficiado dos pagamentos feitos pela empresa. Entretanto, segundo as informações divulgadas pelo jornal Valor Econômico, os especialistas não estão conseguindo contatar pessoas relevantes para o andamento da investigação.
Além disso, diversos funcionários de subsidiárias da Nissan no País não estão mais vinculados a empresa e nem disponíveis para questionamento.
Em uma busca anterior feita no apartamento de Carlos Ghosn, alugado pela companhia japonesa, os oficiais da Justiça e advogados da montadora não encontraram nenhuma evidência expressiva.
Denunciado pela Renault
A montadora de carros Renault irá denunciar seu ex-presidente, Carlos Ghosn, por ter identificado gastos suspeitos de 11 milhões de euros. O anúncio foi feito no início do mês de junho pelo ministro da Economia da França, Bruno Le Maire.
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De acordo com a administração da montadora francesa, algumas despesas não foram especificadas por Ghosn e outras demonstraram superfaturamento, como viagens de avião. Além disso, consta nas despesas doações a organizações sem fins lucrativos.