A B3 (B3SA3) divulgou dados nessa sexta-feira (16) indicando que no acumulado de outubro, até o dia 14, os investidores estrangeiros entraram com R$ 1,288 bilhão, em termos líquidos, no mercado secundário da Bolsa de Valores brasileira.
Segundo a B3, o resultado de outubro foi puxado por cerca de R$ 123,754 bilhões em compras e aproximadamente R$ 122,465 bilhões em vendas de ações já listadas.
A Bolsa de Valores ainda informou que só no dia 14 desse mês, os investidores estrangeiros entraram com R$ 557,9 milhões no mercado secundário.
No mesmo dia os investidores classificados como pessoa física entraram com R$ 385,7 milhões na Bolsa. Apesar de apresentarem um saldo positivo de R$ 61,201 bilhões em 2020, o saldo líquido em outubro é negativo em R$ 62,6 milhões.
Os investidores institucionais, por sua vez, retiraram R$ 1,045 bilhão na Bolsa na última quarta-feira. Enquanto o fluxo no ano é positivo em R$ 26,583 bilhões, o saldo em outubro, até o dia 14, é negativo em R$ 1,975 bilhão.
Fuga de investidores estrangeiros da B3 chega a R$ 87,5 bi em 2020
O Banco Central (BC) informou na última quinta-feira (15) que a fuga de investidores estrangeiros da B3 já representou uma saída de R$ 87,5 bilhões em capital externo do mercado acionário nacional no período entre janeiro e setembro deste ano. Ao passo que a retirada de não residentes registrou R$ 44,5 milhões em 2019, representando a maior fuga até então desde o início da série histórica da bolsa de valores do Brasil, em 2004.
Segundo a autoridade monetária central, neste ano as saídas se aprofundaram devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), tendo como o pior período o mês de março, quando foram sacados R$ 24,2 bilhões. Além disso, o saldo ficou negativo até maio, sendo sucedido por uma entrada de R$ 343 milhões de capital estrangeiro em junho. Entretanto, em julho e agosto as saídas foram de R$ 8,4 bilhões e R$ 444,1 milhões, respectivamente.
A B3 alertou que esse movimento de fuga é preocupante devido aos investidores do exterior, que mesmo com a debandada recente, continuam equivalendo à uma parcela significativa da Bolsa do Brasil. De acordo com a B3, os investidores estrangeiros foram responsáveis por 48,59% do volume total (compras e vendas de papéis) movimentado em setembro deste ano.