A Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA), instituição equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na UE, alertou hoje os investidores de varejo sobre informações disseminadas em mídias sociais referentes à recomendação de ações.
Segundo a instituição, as pessoas devem evitar usar informações disseminadas nas redes para basear compras ou vendas de papéis. O alerta vem após o caso GameStop, em que investidores de varejo se organizaram para comprar ações da loja de games para causar o que é conhecido como short squeeze.
🔴 #ESMA highlights to retail investors the risks of #socialmedia driven share #trading → based exclusively on exchanges of views, informal recommendations and sharing of trading intentions via social networks and unregulated online platforms. #GameStophttps://t.co/l8wX6NSOrI pic.twitter.com/Mvjhnt6EVv
— ESMA – EU Securities Markets Regulator 🇪🇺 (@ESMAComms) February 17, 2021
A agência reguladora alertou que o que aconteceu nos Estados Unidos pode acontecer no bloco e que há sinais de investidores de varejo se organizando nos mercado de ações europeu. O aumento da participação dessas pessoas, segundo a instituição, estaria ajudando a melhorar o mercado de capitais da União Europeia, mas muitos estariam enfrentando riscos significativos ao adquirirem ações excessivamente voláteis.
A ESMA afirmou também que organizar ou executar estratégias coordenadas ou dar ordens em certas condições e momentos para movimentar o preço de uma ação pode ser entendido como manipulação de mercado.
CVM também alertou sobre comportamento de investidores de varejo
Quando um grupo de brasileiros tentou imitar a movimentação da GameStop no país, a Comissão de Valores Mobiliários também alertou que a movimentação dos investidores de varejo podia ser vista como manipulação de preços e que instauraria processos administrativos e até mesmo penais nesses casos quando possível.
“O chamado squeeze, que pode se configurar em situações nas quais um ou mais investidores provocam artificialmente a alta do preço de valores mobiliários, de maneira a causar prejuízos a terceiros ou auferir benefícios indevidos para si ou outros participantes de mercado, é uma das modalidades de manipulação”, afirmou a CVM na época da movimentação dos investidores de varejo.