Investidor estrangeiro aporta R$ 9,7 bilhões na B3 em fevereiro
O investidor estrangeiro ingressou com um volume de R$ 1,560 bilhão na bolsa brasileira, a B3, na sessão de quinta-feira passada (10).
Até então, em fevereiro, os investidor estrangeiro já fez um aporte de R$ 9,798 bilhões na Bolsa. O montante é resultado de compras acumuladas de R$ 119,957 bilhões e vendas de R$ 110,158 bilhões.
No acumulado de 2022, o capital externo soma entrada de R$ 42,289 bilhões na B3 (B3SA3).
Já os investidores institucionais retiraram R$ 839,102 milhões da B3 na sessão. Em fevereiro, os investidores institucionais já retiraram R$ 9,645 bilhões da Bolsa.
O montante é resultado de compras de R$ 53,084 bilhões e vendas de R$ 62,729 bilhões. Em 2022, a retirada totaliza R$ 38,020 bilhões.
No mesmo dia, os investidores individuais retiraram R$ 885,419 milhões da B3.
No mês, esses investidores tiraram R$ 1,187 bilhão da Bolsa, resultado de compras de R$ 39,759 bilhões e vendas de R$ 40,947 bilhões. Neste ano, no entanto, o investidor pessoa física já retirou R$ 7,613 bilhões da Bolsa.
As empresas públicas e privadas, por sua vez, ingressaram com R$ 59,858 milhões na B3 no dia 10. Em fevereiro, tal tipo de investidor ingressou com R$ 289,394 milhões na Bolsa.
O valor é resultado de compras de R$ 2,731 bilhões e vendas de R$ 2,442 bilhões. No acumulado do ano, elas ingressaram com R$ 1,903 bilhão.
Por fim, as instituições financeiras entraram com R$ 48,760 milhões na B3 no dia em questão. No mês de fevereiro, o ingresso líquido do segmento foi de R$ 585,973 milhões na Bolsa, com compras de R$ 9,743 bilhões e vendas de R$ 9,158 bilhões.
A soma de capital investido totaliza R$ 1,574 bilhão em 2022.
Investidor estrangeiro impulsiona alta da B3 ante Wall Street
O empurrão é visto, inclusive, como a justificativa para o Ibovespa sustentar o sinal positivo mesmo enquanto Wall Street sofre baixas com a aversão ao risco nos mercados internacionais.
Alguns dados evidenciam que, aos olhos de investidores dolarizados, o Brasil ficou “barato”.
Segundo levantamento da Economatica, o Ibovespa dolarizado sofreu perda de 8,25% em 2021, enquanto o IPyC, índice mexicano, apresentou desvalorização também em dólar de 3,98% no ano.
No mesmo período, o S&P 500 e o Dow Jones, ambos em Nova York, caíram, mas bem menos: 1,11% e 2,04%, respectivamente.
“Se acreditarmos que o preço da Bolsa hoje tende a se aproximar da média, podemos dizer que o investidor estrangeiro tem mais a ganhar estando investido no Brasil do que estando investido na China, por exemplo”, diz Victor Natal, estrategista de ações com foco em pessoa física do Itaú BBA.
Com informações do Estadão Conteúdo