Invasões em Brasília: extradição de Bolsonaro é articulada por Renan Calheiros

Após as invasões em Brasília, o senador Renan Calheiros (MDB) começou a articular a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso. Uma das primeiras medidas da CPI será o pedido de extradição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos.

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“Bolsonaro pode e vai ser convocado. Tem que vir responder por crimes que cometeu. Além disso, ele agora será investigado na primeira instância”, destacou Calheiros em entrevista ao Valor Econômico.

A abertura de uma CPI para investigar os atos terroristas no último domingo em Brasília conta com o apoio de 31 dos 81 senadores. O mínimo de assinaturas é de 27 senadores. Soraya Thronicke (União-MS) articula apoios para conseguir mais nomes de parlamentares.

Segundo o senador, o pedido de extradição de Bolsonaro será feito caso o político ainda não tenha voltado para o Brasil em fevereiro, quando ocorrerão as mudanças de legislaturas no Congresso Nacional, momento em que a CPI deverá ser instalada.

“Precisa ser objetivo. Aqui é a oportunidade para investigar tudo. Quem nas Forças Armadas colaborou, quem no empresariado financiou esse atos, quem na classe política facilitou”, avisou.

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Contudo, Renan Calheiros quer que a CPI fique restrita ao Senado Federal — o senador é inimigo político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Lira estava até ontem abraçado com Bolsonaro e querendo aprovar cargo de senador vitalício para ele”, disse o político.

Além da abertura da CPI e da possível extradição de Bolsonaro, Calheiros articula a expulsão de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, do MDB. Na madrugada desta segunda, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afastou o emedebista do comando distrital pelos próximos 90 dias.

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Invasões em Brasília

No domingo (8), manifestantes extremistas invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e também o Palácio do Planalto, em Brasília. Os vândalos questionam o resultado das eleições presidenciais de 2022 e a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A ação dos radicais que não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro em Brasília não chega a ser uma surpresa. No sábado (7), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, assinou uma portaria que autorizou a atuação da Força Nacional contra o que classificou como “ameaças veiculadas contra a democracia”.

O governo já sabia que os protestantes estavam se organizando para tentar invadir a Praça dos Três Poderes. Apesar disso, as forças de segurança não foram capazes de conter os golpistas. Cerca de 1,2 mil pessoas foram detidas nas últimas horas pelas forças de segurança.

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Lula decretou uma intervenção federal no DF até o dia 31 de janeiro. De acordo com o decreto, a decisão visa “pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública”.

No Twitter, Bolsonaro repudiou as acusações de que é um dos culpados pelas invasões em Brasília. “Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, escreveu o político na rede social. Confira os tuítes:

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Erick Matheus Nery

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