Interesse por ações e ouro aumenta, mas renda fixa segue na liderança, afirma XP
De acordo com pesquisa com assessores da XP, a renda fixa continua a ser a classe de ativos preferida entre os investidores brasileiros, embora o interesse por ações e ouro tenha apresentado um crescimento significativo.

A pesquisa revela que 75% dos assessores indicam que seus clientes têm interesse em renda fixa, embora isso represente uma queda de 2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Já o interesse por fundos de renda fixa subiu para 61%, um aumento de 4 pontos percentuais.
O relatório destaca que o apetite por investimentos em ações e ouro está em alta. O interesse por ações atingiu 28%, um avanço de 7 pontos percentuais, enquanto o aumento no interesse por ouro foi ainda mais expressivo, chegando a 14% dos respondentes.
Os investidores estão cada vez mais optando pelo ouro como uma forma de proteção contra a volatilidade do mercado e a desvalorização do poder de compra, especialmente em tempos de instabilidade econômica.
Na bolsa de valores, o GOLD11 é o ETF mais popular do mercado de ouro. Porém, neste ano, a Investo lançou o GLDX11, lastreado em barras de ouro, aumentando as opções dos investidores nesse tipo de ativo.
Até na renda variável os investidores estão mais conservadores
Apesar desta melhora no sentimento, a pesquisa ressalta que a alocação em renda variável ainda está em níveis baixos, com apenas 18% dos clientes planejando aumentar sua exposição a essa classe de ativos.
Os investidores estão demonstrando uma clara preferência por ações de setores defensivos, refletindo uma postura mais cautelosa em um cenário de mercado volátil.
De acordo com o relatório da XP, o setor de elétricas, por exemplo, teve a sua exposição aumentada para 28,4%, o que representa um crescimento significativo e demonstra um forte interesse neste segmento. Além disso, fundos como os da AZ Quest e Fator Asset também estão priorizando alocações em bancos e utilidades públicas, visando estabilidade e resiliência.
As preocupações com riscos fiscais diminuíram, mas a atenção se voltou para questões globais, como a recessão nos EUA e riscos geopolíticos, que agora afetam 15% e 9% dos investidores, respectivamente.
“O sentimento dos assessores melhorou, com 55% dando nota 7 ou mais à Bolsa”, afirma o relatório, refletindo uma maior confiança no mercado em comparação com o mês anterior.
Embora a renda fixa mantenha a liderança, o aumento no interesse por ações e ouro indica uma mudança nas estratégias de investimento, que pode sinalizar um retorno da confiança dos investidores em busca de maior diversificação e potencial de retorno.