A cimenteira InterCement (ICBR3) teria cancelado há pouco sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), segundo informações do site Pipeline.
A InterCement havia definido sua faixa indicativa de preço entre R$ 18,20 e R$ 25,50 e a fixação do preço aconteceria nesta quarta-feira (14). No entanto, segundo o site, os investidores locais estavam pressionando por uma faixa de preço menor, e assim a companhia decidiu cancelar a oferta.
Apesar da pressão dos investidores locais para reduzir a faixa de preço, fontes disseram que os investidores estrangeiros continuaram com suas reservas alinhadas com a faixa.
A oferta seria totalmente secundária, com a emissão de, inicialmente, 149.394.665 ações ordinárias de titularidade da holding InterCement Trading e Inversiones S.A.
Considerando o número de ações da oferta base e o meio da faixa, de R$ 21,85, o IPO da InterCement poderia movimentar R$ 3,26 bilhões.
Os recursos líquidos provenientes da oferta secundária seriam destinados ao bolso do acionistas vendedor.
A companhia estrearia no segmento Novo Mercado da B3 já nesta sexta-feira, 16 de julho.
A oferta estava sendo coordenada pelo Bradesco BBI (Coordenador Líder), Itaú BBA (Agente Estabilizador), Bank of America, J.P. Morgan e UBS BB.
Sobre a InterCement
A companhia é controlada indiretamente pela InterCement Participações S.A. e consolida as operações de produção de cimento no Brasil.
O grupo também atua na Argentina, no Egito, em Moçambique e na África com Sul e tem capacidade produtiva de 37 milhões de toneladas de cimento por ano em suas 33 unidades produtivas, contando com mais de 6.000 empregados e mais de 50 anos de experiência no setor.
A cimenteira é a segunda colocada em produção no mercado brasileiro, com 15% de market share e capacidade instalada de 17,2 milhões de toneladas, sendo 12,2 milhões ativas e 5,0 milhões hibernadas, um volume de vendas consolidado total de cerca de 8,7 milhões de toneladas, em 2020.
Em 2020, a InterCement registrou receita líquida de R$ 2,403 bilhões, ante R$ 1,894 bilhão, no ano anterior. Na mesma comparação, a empresa apurou um prejuízo líquido de R$ 24 milhões, contra um resultado negativo de R$ 481 milhões, em 2019.