Inter (INBR32): de olho no exterior, Global Account chega a um milhão de usuários
De olho em expandir suas operações para o exterior, o Inter (INBR32) chegou à marca de um milhão de usuários da Global Account. Nesta quinta (23), o banco mineiro informou ao mercado que começará a emitir o cartão físico da conta para os clientes realizarem compras e saques no exterior.
“O cartão físico é um passo importante na nossa estratégia de expansão internacional e vai garantir uma jornada mais completa para nossos clientes, que agora contam com os cartões físico e virtual, além de todas as facilidades do nosso Super App. Estamos focados em evoluir nosso produto para atrair cada vez mais pessoas para a nossa Global Account”, destaca o CEO do Inter, João Vitor Menin.
Com o cartão, os clientes do Inter passam a contar com mais segurança e comodidade durante as viagens, pois podem realizar saques e compras em dólar nos Estados Unidos ou na moeda local de outros países.
Nos Estados Unidos, o saque é gratuito nos caixa eletrônicos (ATMs) da rede Allpoint, mas pode ser tarifado em outras redes. Para solicitar o cartão físico, basta o cliente ter saldo mínimo de US$ 50 na conta internacional e formalizar o pedido dentro do aplicativo do Inter.
O envio de recursos da conta brasileira para a conta internacional pode ser feito a partir de US$ 1 e está disponível em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana, com o menor spread do mercado, de 0,99%.
Clientes Inter também não pagam taxa transacional para a remessa ou depósito na Global Account a partir da conta digital brasileira. Já o IOF é o menor praticado nesse tipo de transação: 1,1% no depósito e 0,38% no resgate na conta.
Esse é um dos principais benefícios do produto, já que atualmente as compras feitas com cartões de crédito internacionais emitidos no Brasil incluem IOF de 6,38% e não há incidência de IOF usando o cartão de débito no momento da compra.
Inter adquire empresa nos Estados Unidos
Além do investimento na Global Account, o banco mineiro tem focado no crescimento da sua operação nos Estados Unidos. Nas últimas semanas, a empresa adquiriu a operação da Yellow-Fi, originadora de crédito imobiliário e gestora de fundos, e adicionou no conselho de administração o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman.
A empresa conta com metas ousadas para os próximos anos, como chegar a 60 milhões de clientes até 2027. Com essas novidades, o BTG Pactual e o UBS-BB recomendam a compra dos papéis. Contudo, o banco de André Esteves avisa que um dos desafios da empresa será ajustar a sua rentabilidade, que está próxima do zero.
“O Inter se mostrava claramente entusiasmado com suas oportunidades de longo prazo e metas de eficiência e lucratividade para 2027. No entanto, para viabilizar o plano de longo prazo, o Inter&Co precisa primeiro aumentar a rentabilidade (que hoje está próxima de zero)”, sentencia os analistas do BTG Pactual Eduardo Rosman, Thiago Paura, Ricardo Buchpiguel e Vitor Melo.