De olho na sua expansão internacional, o Inter&Co (INBR32) fez mudanças no conselho de administração e integrou na equipe o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman. Nesta sexta (17), o banco digital informou ao mercado que o diplomata tem um “importante papel” no projeto de crescimento do banco fora do Brasil.
“Após o anúncio recente de nosso plano de negócios para os próximos cinco anos, estamos avançando na composição de nosso Conselho para corresponder aos objetivos estratégicos do Inter e nos ajudar a alcançar novos marcos na medida em que entramos numa nova fase de crescimento e rentabilidade”, explicou João Vitor Menin, CEO do Inter&Co, em comunicado à imprensa.
Todd Chapman se junta interinamente ao conselho junto com Antonio Kandir e Lorival Nogueira Luz Jr. até abril, quando será realizada a Assembleia Geral Anual do Inter e seus nomes serão submetidos à aprovação dos acionistas.
Enquanto o trio entra, uma dupla deixa o conselho do Inter: Thiago dos Santos Piau e Carlos Henrique Carneiro de Medeiros.
Os novos membros do Conselho foram escolhidos criteriosamente para orientar e apoiar nossa equipe a buscar nossas prioridades: o desenvolvimento contínuo do Super App do Inter, nossa expansão internacional e nosso foco em rentabilidade
“Tenho a honra de presidir este Conselho altamente qualificado com a chegada de Kandir, Todd e Lorival. As contribuições e insights dos novos membros serão importantes nesta nova etapa de nosso desenvolvimento”, complementou Rubens Menin, presidente do conselho do Inter&Co.
Com essas mudanças, o conselho de administração do Inter&Co passa a contar com dez membros, sendo que cinco são conselheiros independentes.
Inter adquire empresa nos Estados Unidos
O Inter adquiriu a operação da Yellow-Fi, originadora de crédito imobiliário e gestora de fundos. Segundo a empresa, esse negócio visa expandir as soluções ofertadas pelo banco aos clientes que desejam investir nos Estados Unidos.
“Esta transação evidencia a estratégia de crescimento inorgânico do Inter e a expansão dos produtos oferecidos à nossa base de clientes, que não para de crescer. Estamos adicionando capacidades complementares de impacto mínimo ao capital e que podem ser facilmente conectadas ao nosso ecossistema, além de contribuir com talento e experiência em produtos”, ressaltou João Vitor Menin, CEO do Inter&Co, em comunicado à imprensa.
A empresa conta com metas ousadas para os próximos anos, como chegar a 60 milhões de clientes até 2027. Com essas novidades, o BTG Pactual e o UBS-BB recomendam a compra dos papéis. Contudo, o banco de André Esteves avisa que um dos desafios da empresa será ajustar a sua rentabilidade, que está próxima do zero.
“O Inter se mostrava claramente entusiasmado com suas oportunidades de longo prazo e metas de eficiência e lucratividade para 2027. No entanto, para viabilizar o plano de longo prazo, o Inter&Co precisa primeiro aumentar a rentabilidade (que hoje está próxima de zero)”, sentencia os analistas do BTG Pactual Eduardo Rosman, Thiago Paura, Ricardo Buchpiguel e Vitor Melo.