A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 1,7% em julho ante junho, essa é a quinta redução consecutiva do índice. A informação foi publicada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Conforme as informações divulgadas pela CNC, o indicador registrou 89,8 pontos em julho em relação aos 91,3 pontos de junho. A escala varia entre zero e 200 pontos. No entanto, a intenção de consumo em julho teve alta de 5,5 ante o mesmo mês de 2018.
Os únicos meses deste ano que apresentaram alta na intenção de consumo foram janeiro e fevereiro. Os resultados para esses meses foram de 5,1% e 2,7%, respectivamente.
Causas para a redução
A CNC apontou as dificuldades das famílias brasileiras e a insatisfação com a economia como principais causas para a redução.
“A variação de 1,7% mostra, pela quinta vez, uma relativa insatisfação das famílias com relação ao momento da economia, uma certa frustração em relação ao início do ano e também que elas se apresentam bastante cautelosas em relação aos gastos”, explicou a confederação.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que os consumidores continuam cautelosos pois há um alto índice de endividamento e dificuldade de ingressar no mercado de trabalho. Contudo, Tadros acredita que o cenário deve melhorar com a reforma da Previdência e a reforma tributária.
Consumo para aquecer a economia
Na última quarta-feira (17), a equipe econômica do governo divulgou que liberará R$ 42 bi do FGTS. Com a liberação, o ministério da Economia pretende aquecer a economia brasileira através do consumo.
A expectativa do governo é que a liberação do saldo das contas ativas e inativas impulsione o PIB para 1,1%. Portanto, registrando o mesmo índice dos últimos anos, durante o governo Michel Temer.
A agência de classificação de risco Moody’s divulgou uma pesquisa que indica que o consumo deve contribuir para a retomada do crescimento econômico no Brasil. Dessa forma, a pesquisa reforça a intenção do governo federal.
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Conforme a agência, a melhora nas vendas do varejo sustenta a economia nacional. Além disso, a redução do desemprego e a desaceleração da inflação também são essenciais para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o vice-presidente da agência, Gersan Zurita, o aumento no número de pessoas empregadas é essencial para manter o crescimento do consumo.