A Intelbras precificou nesta terça-feira (2), após o fechamento do pregão, sua oferta pública inicial de ações (IPO) na B3 (B3SA3). Cada papel saiu a R$ 15,75, um pouco acima do piso da faixa indicativa, que ficou entre R$ 15,25 e R$ 19,25.
A companhia catarinense de produtos de tecnologia, voltada principalmente para as áreas de segurança e de comunicação, levantou R$ 1,3 bilhão na operação, dos quais 55,55% irão para o caixa da Intelbras e o restante para acionistas vendedores. Foram ofertadas 46 milhões de ações de maneira primária e 26 milhões de forma secundária.
Ainda não há informações sobre um lote extra, que, de acordo com o prospecto preliminar, poderia ser disponibilizado pelos acionistas em caso de considerarem a demanda como suficiente.
A Intelbras pretende usar o capital em caixa para realizar aquisições, aumentar sua capacidade produtiva, expandir times de canais internos verticais e de varejo e para investir em tecnologia (CAPEX).
A oferta foi liderada pelo BTG Pactual (BPAC11), e contou com o auxílio do Citi, do Itaú BBA e do Santander (SANB11).
Intelbras viu receita crescer em 2020
Nos três primeiros trimestres de 2020, a Intelbras registrou uma receita operacional líquida de R$ 1,46 bilhão, crescimento de 20,2% em comparação com o mesmo período de 2019. O Ebitda da empresa foi de R$ 251 milhões, ante R$ 141 milhões no ano anterior. O lucro líquido da Intelbras foi de R$ 121,2 milhões, alta de 2,6% na base anual.
A Intelbras foi criada em 1976 em Santa Catarina e hoje fornece produtos e soluções em segurança eletrônica, controles de acesso, redes de comunicação e, mais recentemente, vem avançando na área de captação e desenvolvimento de sistemas de energia solar.
A companhia afirma estar presente em 98% dos municípios com potencial de consumo eletrônico no Brasil, além de que exporta seus produtos para diversos países.
No seu canal de rede, a Intelbras afirma que conta com 370 distribuidores, que comprar seus produtos e revendem para cerca de 80 mil revendedores credenciados.