A Intel (NASDAQ: INTC) registrou ganhos mais fortes no segundo trimestre de 2020, movida por uma economia focada no homeoffice, o que estimulou a demanda por computadores. Entretanto, as ações da empresa caíram mais de 10% no after-market ao alertarem para um atraso no desenvolvimento de chips.
A Intel informou nesta quinta-feira (23) que seu lucro no período de abril a junho aumentou 22% em relação ao ano anterior, para US$ 5,11 bilhões (cerca de R$ 26,63). O lucro por ação foi de US$ 1,19, passando de 92 centavos por ação no ano passado e excedendo as previsões de analistas consultados pelo FactSet.
A receita da empresa no segundo trimestre aumentou mais de 19% em relação ao ano anterior, para US$ 19,73 bilhões, também superando as estimativas dos analistas.
Apesar dos resultados positivos, a Intel também informou que haverá mais atrasos em sua tecnologia de chips, o que limita o desenvolvimento das gerações futuras de unidades de processamento central. A tecnologia, segundo a Intel, está 12 meses atrás das metas internas. Dessa forma, s ações caíram mais de 10% no after-market em Nova York.
Na quinta-feira, a Intel reafirmou sua guidance para o ano inteiro e deu uma perspectiva para o trimestre atual. A Intel disse que espera uma receita no terceiro trimestre de cerca de US$ 18,2 bilhões, superior ao previsto pelos analistas de US$ 17,92 bilhões. Quanto ao resto do ano, a Intel prevê vendas de US$ 75 bilhões, superior aos US$ 73,5 bilhões previstos anteriormente.
Apple planeja deixar de usar chips da Intel nos seus dispositivos
A Apple (NASDAQ: AAPL) anunciou no final de junho que romperá a parceria com a Intel e iniciará a produção dos seus próprios chips de computador.
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Apesar dos resultados positivos, o futuro da empresa não é totalmente seguro. A empresa pode perder uma grande parte das vendas de processadores, o que equivale a cerca de 3% da receita anual, quando a Apple deixar de usar os chips da Intel em seus computadores.