A Intel, multinacional de tecnologia, fechou uma parceria de financiamento de US$ 30 bilhões com a Brookfield, gestora de investimentos canadense, para expandir fábricas de chips semicondutores.
O acordo vem com a motivação do diretor-presidente Pat Gelsinger de tornar a Intel uma fabricante líder de chips e, assim, recuperar vantagem no mercado de tecnologia em Taiwan e na Coreia do Sul.
As informações são do Valor Econômico.
O acordo foi descrito pela Intel e pela Brookfield como o primeiro do seu tipo para o setor.
Segundo David Zinsner, CFO da companhia, a Intel financiará 51% do custo de construção das novas fábricas de chips no Arizona (EUA) e terá participação controladora no veículo de financiamento, enquanto a Brookfield deve deter a outra fatia do capital. Ambas irão dividir a receita que virá das fábricas.
O sócio-gerente do braço de infraestrutura da Brookfield, Scott Peak, afirmou que a gestora está entrando no negócio de chips pela sua necessidade crescente de capital. O acordo com a Intel é visto pela gestora como uma combinação de experiências em negócios grandes e complexos.
A crise mundial de chips semicondutores, que ocorre desde meados de 2020, afeta inclusive o mercado automobilístico.
Em 2021, a Intel já havia sinalizado a construção de duas novas fábricas no Arizona, inicialmente estimadas em US$ 20 bilhões. A companhia explica que a inflação acabou impactando no aumento do custo.
Além disso, a Intel disse que poderia gastar até US$ 100 bilhões cada em novos complexos fabris na Alemanha e em Ohio.
O CFO da Intel explica que o acordo com a Brookfield deve ser fechado até o fim do ano e sinalizou que a companhia deve realizar mais acordos desta natureza sob seu programa de reinvestimento de semicondutores.
O movimento da Intel ocorre após Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, sancionar uma legislação (a “Lei Chips“) que aloca mais de US$ 50 bilhões para pesquisa e fabricação desses insumos no país.