O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Bruno Serra, declarou nesta quinta-feira (25) que entender o ambiente econômico do país é dever do BC e que ele deve buscar a “forma mais eficiente de intervenção” no dólar.
As declarações do diretor do Banco Central foram dadas em um momento que o mercado brasileiro está pressionado. Na manhã desta quinta, o dólar bateu a marca dos R$ 4 logo na abertura do pregão.
Isso aconteceu por conta do que sobrou da reforma da Previdência, após a aprovação de sua admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A falta de “gordura” para as próximas fases de aprovação da proposta, fez com que o mercado ficasse cauteloso sobre como ficaria o texto no final da tramitação.
Saiba mais: Alta do dólar recua gastos de brasileiros no exterior em 13% no mês de março
Durante a abertura do 4º Compliance and Business Day Abracam (Associação Brasileira de Câmbio) em São Paulo, Bruno Serra afirmou que não existe “preconceito em relação a utilização de qualquer instrumento, quando e se as condições para tal estiverem presentes”, se referindo à medidas que podem ser tomadas para conter a regularidade do câmbio.
Intervenções no câmbio
De acordo com o diretor de Política Monetária, a instituição tem três instrumentos de intervenção que podem ser adotados:
- O primeiro deles são os contratos de swap cambial tradicional, que equivale a venda futura de dólares. Por ser uma espécie de compra da moeda, acaba interferindo no preço do ativo no mercado à vista;
- O segundo é a oferta de linhas de dólar, onde o o Banco Central realiza a venda da moeda com compromisso de recompra
- O terceiro é o leilão de dólar, das reservas internacionais, no mercado à vista, conhecido como “spot” e que não possuem compromisso de recompra.
Por volta das 12h30, o dólar registrava uma queda de -0,514% sendo negociado a R$ 3,9635. A moeda norte-americana teve um pico de alto no início desta sessão, onde passou do patamar dos R$ 4.