O mercado de startups está crescendo rapidamente no Brasil e caminha para um recorde de captações em 2021. Embora este avanço já seja conhecido pelo público em geral, nem todo mundo sabe que um dos principais habilitadores dessa efervescência é a atuação da AWS, empresa do grupo Amazon.com.
A AWS, ou Amazon Web Services, é a oferta de computação em nuvem mais abrangente e amplamente adotada no mundo. Com mais de 200 serviços disponíveis, que vão de processamento e armazenamento a analytics, machine learning e Internet das Coisas, a AWS provê serviços de tecnologia no modelo de pagamento por uso, oferecendo suporte para que as startups reduzam custos, ganhem agilidade e cresçam de forma mais rápida.
Mas além de fornecer infraestrutura para a área de tecnologia da informação (TI), a AWS provê capacitação para os negócios.
“Nosso objetivo é permitir que as startups possam inovar rapidamente, no começo das suas atividades. Faz parte da nossa missão ajudar nossos clientes a encantar os seus clientes”, diz Fred Santoro, head de Startups da AWS no Brasil, diretamente do Startup Summit 2021, em Florianópolis (SC).
Basta olhar para os dados de crescimento do mercado de startups no Brasil para verificar que os serviços da AWS têm sido decisivos.
Mercado de startups no Brasil cresce de forma exponencial
Nos primeiros nove meses de 2021, as startups brasileiras receberam um montante de R$ 33,5 bilhões em investimentos. O valor é três vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2020, segundo a consultoria KPMG em parceria com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital.
Só em setembro, foram fechados 45 investimentos, chegando a 558 negócios no ano, de acordo com relatório produzido pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência da plataforma Distrito. Com isso, o ecossistema de startups do Brasil se mostra forte e em plena expansão. Já são 17.987 empresas do tipo no País.
O Brasil domina o ranking de startups latino-americanas e representa 77% do desse mercado, segundo a Sling Hub.
Conforme as empresas clientes da AWS ganham escala, a colaboração aumenta.
Um bom exemplo disso é a Wine. “A computação em nuvem é uma realidade nos nossos negócios. Conforme avançamos na digitalização e a informação na ponta se torna crucial, a relevância do serviço da AWS aumenta”, afirmou Marcelo D’Arienzo, CEO da Wine, em entrevista recente à Suno.
Além da Wine, a lista de startups brasileiras que são clientes da AWS é extensa e inclui nomes de peso, como IFood, Gympass, Nubank, Mobly, Clickbus, entre outras.
“O novo CEO da Amazon, que antes era CEO da AWS [Andy Jassy], sempre diz que ainda somos uma startup e sempre seremos, porque faz parte da nossa cultura. Todos os dias aprendemos com nossos clientes e entendemos que é uma relação de longo prazo. Eles ganham com nossos serviços e nós ganhamos em nutrir esse trabalho em conjunto, que rende inovação sempre”, diz Santoro.
Serviços da AWS
A AWS é uma oferta de computação em nuvem, parte do grupo Amazon.Inc (AMZO34), criada em 2006. No início, tratava-se apenas de um sistema de organização da empresa para lidar com as operações de venda mais rapidamente.
Mas com o tempo, a infraestrutura cresceu tanto que a Amazon abriu suas ferramentas para outras empresas e hoje já oferece mais de 200 serviços completos por todo o mundo.
A maior parte dos serviços oferecidos pela AWS são focados em tecnologia de infraestrutura, como:
- computação em nuvem,
- armazenamento e bancos de dados,
- aprendizado de máquina,
- inteligência artificial (IA),
- internet das coisas (IoT),
- cibersegurança,
- realidade virtual e aumentada.
Empresas como Netflix estão no rol de clientes da AWS. A plataforma utiliza os serviços de nuvem para o armazenamento do seu conteúdo, as análises de recomendação, a transcodificação de vídeos e diversas outras funções. Ao todo, são mais de 100 mil instâncias de servidor da Netflix na AWS.
A AWS colabora com aceleradoras e incubadoras para se manter próxima das empresas brasileiras. Por meio desses acordos, a empresa de computação em nuvem oferece treinamentos e suporte às startups para que elas possam utilizar os serviços da AWS de forma mais acessível.
Confira como a AWS tem desempenhado um papel fundamental no ganho de escala dos negócios das startups brasileiras.
É cliente AWS, mas também é parceiro
Uma das parceiras e clientes da AWS no Brasil é a Bossanova. Empresa de investimentos especializada em aportes pre-seed ou seed, com valores entre R$ 100 mil e R$ 500 mil, para startups, a Bossanova conta com a parceria da AWS para oferecer às suas empresas investidas créditos de serviços em nuvem.
João Kepler, sócio-fundador da Bossanova, afirma que é um benefício muito importante para essas empresas, que estão no início da jornada empreendedora.
“É um crédito para a startup usar em qualquer serviço da AWS, o que permite uma economia importantíssima para o início do negócio. É como um pontapé inicial na empresa”, diz.
Além disso, a AWS tem programas para fomentar o desenvolvimento dessas empresas iniciantes.
É o caso do AWS Builder, que conecta as startups com desenvolvedores e arquitetos, para auxiliar em processos criação. Bruno Cabuto, CTO do Linker, conta que o programa já ajudou muito no processo de crescimento da empresa de conta digital para pessoa jurídica (PJ).
Responsável pela área de tecnologia do Linker, Cabuto explica que a consultoria do AWS Builder ajuda a entender os pontos frágeis da infraestrutura tecnológica do negócio e mostra como evoluir para uma solução melhor.
“Em poucos dias você consegue falar com especialistas e eles disponibilizam o que puderem para resolver o problema identificado”, diz.
O Linker opera com a infraestrutura da AWS desde a fundação, em 2019. Todo o ecossistema tecnológico de banco de dados, armazenamento, cibersegurança e inteligência artificial da startup é com os serviços da empresa. “Utilizamos a AWS em massa”, brinca o CTO.
>> Veja outras histórias de sucessos de clientes da AWS
Economia financeira para as startups
Cabuto também destaca que não é só na parte tecnológica que a AWS ajuda, mas na parte financeira também. “Eles mapeiam o quanto você gastou de cada serviço e sempre avisam onde o crédito pode ser melhor aproveitado. O que é ótimo, porque a empresa sempre vai operar de maneira otimizada”, diz o CTO do Linker.
Ele se refere o ao modelo de precificação da Amazon Web Services. Alinhado ao objetivo de facilitar a vida das startups (e de todos os clientes), em vez de cobrar uma taxa fixa por mês por cada serviço, a precificação da AWS é baseada em um modelo de utilização, como na conta de luz, por exemplo.
Na prática, as empresas pagam o tanto que consumiram no final. A diminuição de custos se dá porque, além de não precisarem investir nos próprios softwares ou hardwares, as startups (e outras empresas clientes) podem contratar os serviços sob demanda.
“Esse modelo permite que os clientes cresçam rapidamente em momentos de pico dos negócios, sem precisar provisionar muitos serviços. Permite escalabilidade com segurança e estabilidade para a melhor performance”, explica Fred Santoro, head de Startups da AWS no Brasil.
Para Santoro, este é um diferencial importante da companhia, pois permite que as empresas que estão dando seus passos iniciais contem com uma infraestrutura tecnológica completa, sem precisar se preocupar com equipamentos ou serviços de TI complexos nesse primeiro momento.
“Uma empresa que está começando precisa se preocupar com inovar nos seus serviços e produtos, contratar mais pessoas e focar no negócio. É isso que a AWS oferece: infraestrutura tecnológica para a melhor performance possível, desde o início.”, diz Fred.
Crescimento global da Amazon Web Services
Segundo a consultoria Gartner, a AWS é líder no quesito de serviços de infraestrutura e plataforma de nuvem.
Em 2020, a empresa detinha 41% do mercado global, mais do que o dobro do segundo maior concorrente, de acordo com a pesquisa da indústria de tecnologia da Gartner.
“Nosso principal objetivo de negócio é apoiar empresas, startups, governos e instituições de saúde e de educação em suas jornadas de transformação digital por meio da agilidade, elasticidade, segurança, custo-benefício e inovação da nuvem. Nosso orgulho é ganhar escala mundial sabendo que estamos fazendo o mesmo para os nossos clientes. Desde a fundação da AWS, em 2006, já reduzimos os custos de nossos serviços 107 vezes”, diz o head de Startups da AWS.
Em 2021, o alcance da AWS já chega a 25 regiões do mundo por meio de data centers localizados em lugares estratégicos para atender a maior diversidade de empresas possível. E a expansão continua a pleno vapor: a AWS tem planos para lançar mais 8 regiões na Austrália, Índia, Indonésia, Israel, Espanha, Nova Zelândia, Suíça e Emirados Árabes Unidos.
A região South America está localizada em São Paulo e foi fundada em 2011 para aprimorar o atendimento a clientes da AWS na América do Sul. Neste ano, a AWS completa dez anos de operação no Brasil.
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