Infraestrutura: investimentos na área devem ficar estagnados neste ano
Os investimentos em infraestrutura devem ficar estagnados em 2019.
De acordo com levantamento da Inter.B Consultoria, o montante destinado à infraestrutura, que inclui logística e transporte, energia, telecomunicações e sanamento, deverá corresponder a 1,80% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2018, a porcentagem foi de 1,87%.
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Ao todo, os investimentos em infraestrutura somarão R$ 129,9 bilhões ante os R$ 127,5 investidos em 2018. Mesmo com o aumento dos aportes em relação a 2017 (1,69% do PIB), os valores não são suficientes. Segundo cálculos da consultória, seriam necessários investir 4,24%, cerca de R$ 305 bilhões em 2019 para modernizar a infraestrutura.
Segundo o sócio da Inter.B ouvido pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Cláudio Frischtak, o principal fator para a estagnação foi o alto grau de incerteza na economia. Além disso, os investimentos no setor demoram a ser retomados.
“Existe um esforço do Ministério de Infraestrutura e de outros ministérios ligados à área para avançar, mas mesmo que haja um avanço, para traduzir isso em investimentos, normalmente, leva de seis meses a um ano. Na melhor das hipóteses, vamos ter reação em 2020”, afirmou o consultor.
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Ainda de acordo com Frischtak há a necessidade de aumentar a participação do capital privado. Em 2017 e 2018, o setor privado respondeu por cerca de 63% do total investido. Os dados são da Inter.B. Há a tendência para a manutenção desse nível, mesmo com os leilões.
Leilões de aeroportos
O governo federal arrecadou R$ 2,377 bilhões com a concessão de 12 aeroportos, cujo leilão, realizado nesta sexta (15) foi dominado por empresas estrangeiras. A informação é da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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O valor é superior ao mínimo fixado pelo edital do leilão dos aeroportos em R$ 2,158 bilhões. O ágio médio foi de 986%. O valor de investimento nos aeroportos, esperado com o leilão, é de R$ 3,5 bilhões nos próximos 30 anos – vigência dos contratos.
Confira quais empresas levaram cada bloco e quanto foi ofertado por cada um:
- Bloco Nordeste: espanhola Aena (R$ 1,9 bilhão; ágio de 1.010,69%)
- Bloco Sudeste: suíça Zurich (R$ 437 milhões; ágio de 830,15%)
- Bloco Centro-Oeste: consórcio Aeroeste, formado por Socicam e Sinart (R$ 40 milhões; ágio de 4.739,38%)