A Infraero será fechada durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, de acordo com o novo secretário da aviação civil, Ronei Glanzmann, nesta segunda-feira (21).
“Atendendo as diretrizes macroeconômicas do governo de redução do Estado, a Infraero será extinta após a concessão de todos os seus aeroportos”, disse Glanzmann.
Desta forma, a data final de funcionamento deverá ser no final da sexta e sétima rodada de concessão de aeroportos, que ocorrerão até 2021.
Entretanto, estas concessões vão abranger os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont.
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De acordo com o ministro, parte dos funcionários da Infraero irão para a Nave, nova estatal que vai controlar o espaço aéreo.
“O assunto extinção da Infraero e seus funcionários será conduzido pelo governo federal com a máxima responsabilidade e transparência. Estamos lidando com 10 mil famílias e ninguém vai ser louco de sair demitindo todo mundo a toque de caixa”, disse o secretário.
Além disso, o aeroporto de Viracopos pode ser vendido para um novo sócio. No entanto, isso deve acontecer caso haja falência ou caducidade. De acordo com o novo secretário, “o governo não pode ficar parado em relação a esse assunto”.
Principalmente pelo fato do aeroporto estar em recuperação judicial e ter um processo de caducidade na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De acordo com o Glanzmann, entre esta semana e o final deste mês, o governo deve realizar um chamamento para que seja estudado se há ou não a possibilidade de fazer a concessão de Viracopos.
A nova diretoria assumiu a Infraero na última semana.
Leilão de aeroportos
Logo após a posse do novo governo, em 2 de janeiro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, falou sobre a concessão dos aeroportos nacionais.
De acordo com o ministro “tudo que possa ficar com a iniciativa privada será concedido”.
Além disso, Tarcísio Gomes fala sobre o momento em que serão leiloados os aeroportos. “Vamos testar em março o leilão dos três blocos de aeroportos e, se der certo, já anunciamos a sexta rodada”.
“Congonhas e Santos Dumont devem ficar para a última rodada e aí revemos a situação da Infraero, como deixá-la ativa”, concluiu o ministro.
Conforme declaração do ministro, todos os aeroportos que são administrados pela Infraero serão privatizados.