As ações da estreante Infracommerce (IFCM3) fecharam em baixa de 1,44%, a R$ 15,77 na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) nesta terça-feira (4).
A empresa de soluções digitais para e-commerce tomou o mercado de surpresa ao desenterrar a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) depois de tê-la suspendido. A única diferença foi Instrução. A Infracommerce se valeu da ICVM 476 para levar adiante os planos de abrir o capital, sem a necessidade de toda a burocracia de uma operação nos moldes tradicionais.
A companhia havia ponderado seguir com um investimento privado e adiar a oferta de ações, mas decidiu retomar o IPO e deu um desconto nos preços para atrair investidores. Com a decisão, a oferta da Infracommerce saiu a R$ 16,00 o papel, corte de 27% sobre o piso da faixa indicativa de preço que ia de R$ 22,00 a R$ 28,00. A operação movimentou R$ 870 milhões.
A Infracommerce pretende utilizar os recursos líquidos da oferta primária para: potenciais aquisições estratégicas a fim de expandir sua oferta tecnológica e logística (M&A); investimentos em Capex, pesquisa e desenvolvimento (R&D), e despesas comerciais visando acelerar o seu crescimento orgânico; e pagamento de dívida.
Perfil da Infracommerce
A Infracommerce é uma companhia de soluções digitais voltada para o comércio eletrônico, com foco no consumidor final pessoa física ou outras empresas na América Latina.
O “ecossistema de soluções digitais integradas compõe um ‘white-label digital ecosystem’ para marcas e indústrias terem controle sobre suas jornadas de digitalização do go-to-market por meio de uma experiência ao consumidor excepcional”, ressaltou.
O modelo visa elevar a presença online e melhorar o posicionamento da marca dos clientes. A empresa possui atuação no México, Colômbia, Chile e Argentina.
Em 2020, a Infracommerce registrou uma receita líquida de R$ 236 milhões, ante R$ 138 milhões no ano anterior; com R$ 4,6 bilhões em volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) para os clientes, contra R$ 2,98 bilhões em 2019.