Infracommerce (IFCM3) compra Synapcom para ganhar escala e fazer entregas em 45 minutos

Com o objetivo de ganhar escala, a Infracommerce (IFCM3) — maior companhia Full Service para negócios digitais — anunciou recentemente a compra da sua concorrente direta Synapcom, segunda maior companhia do setor. Em entrevista exclusiva ao Suno Notícias, Raffael Quintas, CFO da Infracommerce, contou que a conversa com a Synapcom já vinha acontecendo há algum tempo. Essa foi a maior aquisição da companhia desde sua fundação  em 2012.

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“O objetivo principal é ganhar escala. No setor da Infracommerce, a competição é muito forte, principalmente com os marketplaces, mas também com outras grandes marcas”, explicou Quintas.

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O executivo disse que, nesse setor, é vital ter preços competitivos para oferecer aos clientes e ao consumidor final, assim como é importante diminuir o tempo de entrega. Ele considera que a combinação de preço competitivo e uma entrega mais rápida é “algo fundamental para ganhar mercado.”

Outra vantagem que Quintas aponta com a compra da Synapcom é a “grande oportunidade de cross-sell“. Segundo o executivo, a companhia adquirida pela Infracommerce tem uma base muito forte de clientes e, com a junção dos negócios, esses clientes passam a completar o portfólio da Infracommerce. Entre os clientes da Synapcom, estão a Samsung e a L’Oréal.

“Então, além de ter o foco em escala, a gente tem um foco grande também em usar a base de clientes deles, mas também a nossa pra fazer cross-seel de produtos e serviços. A gente tem produtos que eles não possuem e vice-versa, e quando isso acontece é natural que a empresa vá tentar oferecer produtos e serviços para a base de clientes deles, como dark stores”, comenta.

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Dark stores é o nome dado para pequenos centros de distribuição que normalmente ficam no centro de grandes cidades. Através deles, é possível fazer entregas ultrarrápidas.

Comentando que a  Synapcom tem apenas uma dark store, que agora se une às 10 da Infracommerce, Quintas diz que o objetivo da companhia é realizar entregas em até 45 minutos em localidades onde estão esses pequenos centros de distribuição.

Vêm mais compras por aí?

Quando questionado sobre possíveis novas compras, Quintas explicou que o foco da Infracommerce agora é integrar as empresas compradas recentemente. Para isso, a companhia companhia contratou uma consultoria de estratégia para auxiliar no processo de integração da Synapcom..

Ele ainda destacou que “o mais importante é que a gente entregou o que prometeu no IPO [oferta inicial de ações]”.

Além disso, durante a entrevista, o CFO comentou sobre o impacto que a compra da Synapcom deve ter nos lucros da Infracommerce. Quintas explica que o reflexo da operação no lucro de 2021 dependerá do momento em que a operação for concluída.

“Vamos fazer de tudo para que a operação seja concluída o mais rápido possível. Acredito  que conseguiremos concluir até o final do ano, mas o principal impacto vai ser em 2022, e aqui não tenho dúvida que vamos conseguir ser bastante disruptivos nessa parceria”, diz.

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Ele ainda completa dizendo que “é quase uma união de forças. As duas empresas vem crescendo de uma forma muito forte, a gente vem crescendo a mais de 60% ao ano e a Synapcom dobrando de tamanho nos últimos anos.”

Infracommerce cresceu 122% em um ano

Em relação ao cenário esperado para 2022 no setor de e-commerce, Quintas avalia que a digitalização veio para ficar. ” Talvez a pandemia só acelerou algo que aconteceria, talvez em dois anos, mas o e-commerce veio pra ficar”, afirma.

“Acho que mudou a rotina e o hábito de vários de nós. Talvez a gente não tivesse tanto essa rotina de comprar online e acabamos percebendo que é muito mais prático e conveniente comprar dessa forma”, acrescenta o CFO.

Quintas destaca ainda que de 2019 pra 2020 a Infracommerce cresceu 122%, e em cima dessa base avançou 20% esse ano. Assim ele aponta que o mercado de e-commerce continua em alta.

“Em 2022 eu espero que o mercado vai continuar crescendo, tanto no B2C quanto no B2B. Talvez de uma forma mais acelerada no B2B, que são indústrias e marcas que vendem pra pequenos e médios varejistas, já que a penetração no B2B é menor do que no B2C. Mas com certeza o crescimento vai continuar acelerado”, diz. O CFO da Infracommerce também acredita que a combinação do e-commerce com o mundo físico vai acelerar, “para compras online e retiradas na loja, ou compras na loja com entrega em casa”.

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Laura Moutinho

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