A Infracommerce (IFCM3) anunciou, nesta quarta-feira (06), que pretende realizar um follow-on (oferta pública subsequente de ações) com a distribuição primária de 150 milhões de papéis, totalizando R$ 277,5 milhões. O valor leva como base a cotação de terça-feira (5), quando as ações valiam R$ 1,85. Hoje, os papéis despencaram quase 11% na Bolsa.
Segundo a empresa, os recursos da oferta da Infracommerce devem ser usados para melhora da estrutura de capital e para o processo de aquisições.
Do total, R$ 205 milhões já são objetos de compromissos e acordos celebrados com sócios e acionistas da companhia. Segundo a Reuters, ainda pode ser acrescido um lote adicional de 75 milhões de ações, além de uma emissão de 1 bônus de subscrição para cada 3 ações.
De acordo com o Pipeline, o Pátria se comprometeu a subscrever R$ 60 milhões, enquanto os principais acionistas devem aportar R$ 33 milhões. Os maiores acionistas da Infracommerce são a Compass (7,5%), seguida pela Flybridge Capital (7,1%) e a Alphorn Investments (7,1%).
Além disso, estimativas do Citibank apontaram que o follow-on pode gerar uma diluição de até 44% para os atuais acionistas.
Para estruturar a operação, a Infracommerce contratou o Itaú BBA.
Rumo se manifesta sobre possível follow-on bilionário
A Rumo (RAIL3) esclareceu que já autorizou a deliberação sobre eventual aumento de capital em até R$ 3,5 bilhões, mas que que não realizou sondagem a investidores e nem submeteu qualquer pedido de aprovação sobre a realização de uma oferta pública de ações ao seu conselho de administração.
A empresa se manifestou após uma notícia veiculada pelo Broadcast, informando que a Rumo estaria preparando uma oferta de ações na casa dos R$ 5 bilhões. Segundo a publicação, o sindicato de bancos que coordenarão a oferta começa a ser formado e teria o BTG Pactual e o Itaú BBA entre os já escolhidos.
Ainda de acordo com o texto, o mercado esperava que a oferta já tivesse sido feita, e a nova perspectiva é de que ela ocorra em setembro. O que se discute no momento é a destinação de recursos para ajustar o volume da operação.
A oferta seria primária, ou seja, com emissão de novas ações para o caixa da empresa, disse o Broadcast.
Em 2020, a Rumo levantou R$ 6,4 bilhões em follow-on, com a ação vendida a R$ 21,75. No ano, os papéis da empresa de logística sobem 26,55%.
Ações da Infracommerce despencam com possível follow-on
Nesta quarta-feira (06), os papéis da Infracommerce ficaram entre as maiores baixas da Bolsa, com queda de 10,81%, cotados a R$ 1,65. A queda é repercussão de um possível follow-on da empresa.
Cotação IFCM3
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