A União Europeia informou, nesta quarta-feira (16), que a inflação na zona do euro regrediu. Segundo a agência de estatísticas do bloco europeu, os preços subiram no ritmo mais lento dos últimos três anos no mês de setembro.
A retração deve aumentar as preocupações sobre a situação da economia da zona do euro e pode reforçar a discussão do Banco Central Europeu sobre como manter a inflação perto da meta, que é de 2%.
Zona do euro tem inflação abaixo do desejado
A Eurostat anunciou que os preços nos 19 países da zona do euro subiram 0,8% no mês de setembro, ante o resultado de 2018. A estimativa anterior foi de 0,9%, e a expectativa do mercado era de 0,9% novamente.
Também foi informado que o superávit comercial com o resto do mundo aumentou, devido a uma queda das importações maior do que as exportações. Dessa forma, o superávit foi de 14,7 bilhões de euros em agosto. No mesmo período do ano passado, o montante foi de 11,9 bilhões de euros.
Saiba mais: Guerra comercial reduzirá PIB mundial, diz economista-chefe do FMI
A leitura revisada da inflação demonstrou uma desaceleração mais acentuado do que a taxa de 1% de agosto. Foi o resultado mais baixo desde novembro de 2016, quando os preços subiram 0,6%.
No entanto, o núcleo da inflação que desconsidera os preços voláteis de energia e alimentos não processados e é monitorado de perto pelo BCE, teve um avanço de 1,2% em setembro, ante 1,1% em agosto. Esses resultados estão em linha com a preliminar da Eurostat do dia 1 de outubro.
Atividade industrial cai a 45,7 em setembro
A atividade industrial na zona do euro demonstrou redução no mês de setembro. De acordo com a pequisa Índice Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês), divulgada no dia 1º de setembro, essa queda é impulsionada pelas fábricas alemãs que registraram fortes perdas na produção.
Confira: Ministério da Economia da Alemanha diz que recessão é improvável
“A saúde do setor industrial da zona do euro foi de mal a pior em setembro. Deve ficar pior, com indicadores antecedentes se deteriorando mais durante o mês”, disse o economista-chefe da pesquisa Chris Williamson.
Notícias Relacionadas