A inflação no Reino Unido acelerou em junho para uma nova alta e bateu o recorde para as últimas quatro décadas.
Segundo a leitura mais recente do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), a inflação no Reino Unido é de 9,4% no acumulado dos últimos 12 meses.
Trata-se do nível mais alto para o CPI desde abril de 1982, acelerando em relação à taxa anual de 9,1% de maio, segundo dados do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS) divulgados nesta quarta-feira (20).
Economistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam que a inflação chegasse a 9,3%. A aceleração da inflação foi impulsionada pelo aumento dos preços dos combustíveis e alimentos, que foram apenas ligeiramente compensados pela queda dos preços dos carros usados, disse o ONS.
O núcleo de preços ao consumidor, medida que exclui as categorias voláteis de alimentos e energia, diminuiu para 5,8% em junho, de 5,9% em maio, registrando uma segunda queda consecutiva na taxa anual.
Vale lembrar que outros países da Europa seguem com inflação em elevação e acima das expectativas, pondo o Banco Central Europeu (BCE) em questionamento, acerca do que será possível fazer para conter o choque inflacionário no continente.
O panorama foi tão crítico que, pela primeira vez em 20 anos, o Euro alcançou a paridade com o dólar nas últimas semanas.
Nos EUA, inflação também é recorde de 40 anos
A inflação nos Estados Unidos foi a 9,1% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo leitura do CPI divulgada na semana passada.
A variação da inflação dos EUA foi de 1,3% de alta em junho, acima das projeções, que miravam 1,1%. O anualizado também fica acima do esperado pelos analistas, que era de 8,8%.
Desta forma, o CPI dos Estados Unidos é o maior desde o ano de 1981. Na leitura anterior, que mostrava um CPI de 8,6%, também tratava-se de um recorde para os últimos 40 anos.
O indicador era o mais aguardado do dia para as bolsas de valores globais, dado que as correções recentes – como a queda de 20% do S&P em 2022 – têm sido desencadeadas pelos números de inflação dos EUA e pelas decisões do Federal Reserve (Fed) – que respondem a esse cenário de inflação em alta.
Com informações do Estadão Conteúdo
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