O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta terça-feira (9), que a inflação passou a ser uma preocupação em diversos países.
“Temos uma inflação mais alta no Brasil”, disse o mandatário do BC, destacando ainda a alta dos preços de commodities nos mercados internacionais.
Campos Neto reforçou que os países que gastaram mais durante a pandemia do coronavírus (covid-19) reverteram com mais facilidade as expectativas de queda no Produto Interno Bruto (PIB) no último ano.
De acordo com o presidente do banco, “esses países tiveram mais sucesso em manter a atividade”. Além disso, o Brasil foi o país emergente que “tomou o maior volume de medidas durante a crise”, disse em evento virtual promovido pelo Observatory Group.
Os incentivos fiscais adotados pelo governo em 2020 já foram revertidos em sua maioria, apontou Campos Neto lembrando que o espaço fiscal brasileiro para novas medidas é muito reduzido.
Para o mandatário, as condições financeiras na maioria dos países já seriam as mais “estimulativas possíveis”.
Choque atual de inflação é temporário, diz Campos Neto
A autoridade monetária acredita que o choque atual de inflação é temporário, revelou o presidente reforçando que o controle da inflação segue sendo o principal mandato da autoridade monetária.
“A meta do BC é clara. O BC olha para a inflação”, afirmou. “Nós olhamos a inflação, é nosso alvo número um”, afirmou.
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Além disso, Campos Neto apontou que a alta de alimentos ocorre em diversos países, mesmo que no Brasil essa elevação seja mais pronunciada. “Nós reconhecemos que esses efeitos foram maiores e duraram mais que o esperado no Brasil, mas mantemos a avaliação de que os choques são temporários. E nós fazemos a política monetária olhando mais para o longo prazo”.
Com informações do Estadão Conteúdo