Inflação: passagens aéreas sobem 123% no acumulado de 12 meses e lideram altas

Houve impacto do aumento dos planos de saúde, mas outro grande impulso no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), a prévia da inflação, de junho veio do setor de transportes, que influenciou o índice em 0,19 ponto porcentual. Os preços do setor aceleraram 0,84% em junho, ante 1,80% em maio, puxados principalmente pelas passagens aéreas (11,36%), gás veicular (8,77%), seguro voluntário de veículo (4,2%) .

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Os dados fazem parte da pesquisa divulgada nesta sexta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a prévia da inflação oficial.

A desaceleração do setor de transportes em relação ao mês de maio se deu pela queda do preço dos combustíveis de veículos, que retraiu 0,55% em junho. Em maio, haviam subido 2,05%. Embora o óleo diesel tenha subido 2,83% em junho, o etanol e a gasolina caíram 4,41% e 0,27%.

Apesar da retração mensal de alguns itens, o preço dos combustíveis é um dos alvos atuais do presidente Jair Bolsonaro, que teme que a inflação atinja sua popularidade em ano eleitoral. Na semana passada, após a Petrobras (PETR4) anunciar o reajuste de preços, o governo Bolsonaro, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) partiram para cima da estatal, cujas ações despencaram mais de 7% no pregão do dia 17.

No acumulado de 12 meses, o setor de transportes acumula alta de 20,51%. As maiores altas são das passagens aéreas (123,26%), transporte por aplicativo (64,03%), óleo diesel (51,04%), seguro voluntário de carro (39,91%), gás veicular (34,33%), combustíveis de veículos (27,44%), gasolina (27,36%), transporte público (21,73%) e etanol (21,21%).

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O ônibus urbano subiu 0,32%, por conta de um reajuste em Salvador (em vigor desde 1º de abril, mas que só foi repassado aos consumidores a partir de 4 de junho). O ônibus intermunicipal aumentou 1,34%, com reajustes em Belo Horizonte e Salvador.

O grupo Transportes como um todo desacelerou por causa da queda de 0,55% nos preços dos combustíveis em junho, após terem subido 2,05% em maio. O óleo diesel aumentou 2,83% este mês, mas houve recuos no etanol (4,41%) e na gasolina (0,27%).

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Inflação: todos os 9 grupos pesquisados tiveram alta de preços no IPCA-15 de junho

A alta de 0,69% na prévia da inflação oficial em junho foi decorrente de aumentos em todos os nove grupos de produtos e serviços que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As famílias pagaram mais por Habitação (0,66%), Transportes (0,84%), Comunicação (0,36%), Alimentação e Bebidas (0,25%), Vestuário (1,77%), Educação (0,07%), Artigos de Residência (0,94%), Despesas Pessoais (0,54%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,27%).

A alta de custos de Vestuário, grupo de maior variação em junho e impacto de 0,08 ponto porcentual, teve como destaques os aumentos das roupas femininas (2,52%), masculinas (1,97%) e infantis (1,51%), além dos calçados e acessórios (1,19%). Os itens contribuíram juntos com 0,08 porcentual para o IPCA-15 do mês.

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O resultado geral da prévia da inflação em junho foi decorrente de aumentos de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. A taxa mais branda ocorreu em Belém (0,18%), enquanto a maior variação foi registrada em Salvador (1,16%).

Com informações do Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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